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Arthur

Fui até o porão da mansão do Júlio, Felipe disse que havia vindo aqui investigar mais não tinha encontrado nada, como eu já sabia a localização do Júlio não era muito importante, mas eu não queria deixar nada passar.

E também, Alex estava aqui, e eu e ele teríamos uma conversinha animada.

— Alex — Comprimentei em um tom alegre.

— Maldito, desgraçado, você não acha que está alegre demais pra alguém que teve a namoradinha sequestrada? Ele perguntou e sorriu.

— Vanessa, o nome dela é Vanessa, e não, eu não acho! — Falei indo até a mesa que eu mandei preparar com diversas facas, de todos os tamanhos.

— Você ao menos consegue imaginar as coisas que Júlio está fazendo com ela? Ele perguntou sorrindo.

Me manti em silêncio, Alex realmente não era muito esperto!

— Eu só a vi uma vez, no dia da perseguição em NortBack, eu estava em um dos carros. Felizmente eu consegui me afastar antes de você chegar e matar aqueles homens — Ele revelou me deixando surpreso, tentei não demonstrar.

— Eu vi quando ela correu na casa destruída que estava com o avô, e depois dirigiu em alta velocidade por ruas que ela nunca tinha visto na vida, foi engraçado — Ele continuou.

— Sabe — O parei antes que ele prosseguisse, a voz dele estava me irritando — Naquela noite, quando eu cheguei, eu poderia ter morrido. — Falei me virando para ele, segurando uma faca de mesa.

Ele pareceu surpreso.

— Quer saber por que eu não morri? Me aproximei. — Porque, ela me salvou, eu não matei aqueles homens sozinhos. Ela matou um deles.

Alex claramente estava surpreso, ele nunca imaginaria que Vanessa seria capaz de matar alguém a sangue frio, eu no lugar dele nunca imaginaria ao menos.

E eu me arrependo amargamente daquela noite, porque foi naquela noite, que uma parte boa dela morreu, e morreu para me salvar, e eu nem ao menos merecia ser salvo!

Mesmo assim, não foi tão ruim, depois daquela noite Vanessa entrou com tudo na minha vida, me trouxe uma luz que eu achei ter perdido a muito tempo.

Me deu outro motivo para acordar, outro motivo que não fosse ódio e vingança.

Era amor, desde o início, desde quando eu a olhei pela primeira vez, quando eu a segurei naquele café e a impedir de beijar o chão.

Desde que aquele café manchou minha camisa favorita, e até mesmo desde quando ela infrentou o Marcos com uma arma apontada para sua testa.

Desde o início eu quis ela na minha vida, fui egoísta sim, porque mesmo que ela decidisse sair, eu não deixaria.

Eu era egoísta demais para deixá-la ir.

Mas, agora, observando a situação de um todo, eu vejo que preciso, preciso que ela se afaste, porque eu não sei se aguentaria ter que suportar toda essa dor que corrói meu peito, e ser forte de novo se algo como isso se repetice.

Eu não tinha o direito de prende-la em mim, mas...
Se por um acaso depois disso tudo ela ainda quiser ficar.

Eu a amaria todos os dias, e mostraria a ela que mesmo com todo o perigo que nos rodearia frequentemente, eu a salvaria.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora