Capítulo 43

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Arthur

Acordei com o celular tocando, me mexi com cuidado esperando não acordar Vanessa que dormia tranquilamente. Olhei as horas e não passava das três da manhã, Gabriel estava ligando.

— Eu... Descobri algo. — Ele disse, levantei da cama saindo do quarto, indo pro meu escritório.

— Referente à? Perguntei.

— Tudo, e você não vai gostar. — Franzi a sombrancelha, o que eu não sabia?

— Fale de uma vez.

Escutei tudo que Gabriel me disse, sem pausa ou interrupções, cada palavra que ele falava montava uma peça no grande quebra cabeça que parecia estar sendo finalmente resolvido.

Tentei assimilar tudo, querendo não acreditar, não era possível, estava em baixo dos meus olhos o tempo todo, como eu não descobri antes.

— Arthur, você está bem? Gabriel perguntou, não respondi.

Desliguei de uma vez, fui diretamente até minha pequena adega que ficava no próprio escritório, me servi de um grande copo de burbom virando de uma única vez.

Não era possível, como que tudo tinha acontecido assim, como as coisas terminaram desse jeito, por que? Por que ela?

Me sentei na cadeira e bebi até os primeiros raios de sol invadirem o cômodo.

Olhei no relógio da parede e vi que eram exatamente oito horas da manhã, virei outro copo.

Dessa vez me virando de costas. Minutos depois Vanessa entrava no cômodo, não tive coragem de olha-lá.

— Acordei e você não estava, muito trabalho? Ela perguntou.

Continuei de costas.

— Posso te fazer uma pergunta? Falei.

— Claro — Ela respondendeu rápido, sua voz próxima indicava que ela estava exatamente em frente a minha mesa.

— Como é o nome do seu pai? Ele está vivo? — Falei.

— Foram duas perguntas — Ela disse, e sorriu.

Me manti sério.

— Mas, o nome dele era Roger. E não, ele não está vivo, morreu em um acidente de carro.

Ela disse tão calmamente, eu não sabia em que acreditar.

— Roger? Roger Agosttine.

Eu falei, não foi uma pergunta.

— Sim, você o conheceu? Ela perguntou, parecia mais interessada.

— Sim, ele era meu pai.

Soltei a bomba de uma vez, não queria acreditar que ela sabia disso todo esse tempo, não podia acreditar.

— Impossível — Ela disse rindo.

— Não é impossível. Falei sério

— Sim, é. Até porque seu pai matou o meu!

Suas mãos bateram na mesa, me virei para ela rapidamente, então ela realmente sabia?

— Como soube disso? Perguntei me levantando, tentando me manter em pé por conta do álcool ingerido anteriormente.

— Descobri recetemente, você sabia? Dessa vez ela parecia surpresa.

— Essa não é a questão aqui, como soube que Júlio matou o Roger?

— Minha mãe me contou...

Puxei na minha memória o dia da visita repentina de Rosalinda. Claro.

— E você pretendia me contar? Perguntei.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora