Capítulo 44

315 36 3
                                    

Vanessa

Sai da casa de Arthur sentido meu peito pesar, de fato eu estava sentindo uma dor intensa dentro do meu peito.

Respirei fundo tentando controlar as batidas desenfreadas do meu coração, engoli em seco me recusando a chorar no meio da rua, pedi um táxi.

Minutos depois ele chegou, entrei e dei meu endereço, assim que cheguei em casa, Ozzy veio direto para meu pé, ele tinha passado uns dia com Pedro, meu ex colega de trabalho mais ontem ele havia o entregado aqui, acariciei seu pelo felpudo, ele já estava enorme.

De longe Bart me olhava, me aproximei dele também, acariciando, ele não ligou muito. Fui em direção ao meu quarto decidida a tomar um banho longo.

Me despi e entrei de uma vez em baixo do chuveiro, água gelada jorrava de lá mas mesmo assim eu não senti alívio algum, a dor no meu peito continuava, parecia que um caminhão havia passado por cima.

Sem que eu percebesse as lágrimas caiam sem minha autorização, funguei e todas as lembranças vinheram a minha mente.

Cada momento entre mim e Arthur desde a primeira vez, quando ele me segurou para que eu não caísse.

Quando ele me salvou.

Tudo vinha de uma vez, massacrando meu coração de uma única vez. Desabei no banheiro, deixando toda a minha dor descer pelo ralo.

Respirei fundo novamente saindo do banheiro quando ouvi meu celular tocar. O nome de Maria Júlia brilhava na tela mostrando uma foto da mesma segurando Ozzy, o mesmo estava deitado na minha cama junto com Bart, cada um de um lado da cama.

Atendi o telefone tentando manter a naturalidade.

— Oi — Falei.

— Não precisa se fazer de forte... Felipe já me contou tudo — No mesmo instante desabei novamente. Simplesmente não conseguia parar, as lágrimas desciam sem minha autorização.

— O que eu faço? Perguntei.

— Eu vou aí, me passa seu endereço. — Ela disse, passei todas as Informações e esperei, enquanto esperava fui até a cozinha beber uma água.

Até mesmo olhar para a bancada de mármore me lembrava ele. Droga.

Enquanto bebia a água calmamente observei minha casa. As paredes, o sofá. Droga.

Minutos depois alguém bateu na porta, fui até a mesma abrindo, me surpreendi quando vi Paola ali também.

As meninas entraram, chorei novamente enquanto elas me consolavam.

— Tudo bem amiga, vocês vão voltar, brigas acontecem numa relação —Paola falou, sorri com a inocência dela, ela não sabia o que realmente estava em jogo ali.

— Ele vai voltar, o que vocês têm não acaba assim — Maria Júlia disse.

— O que a gente tem? Perguntei, querendo saber.

— Não sei, me diga você — Ela disse.

Manti minha expressão confusa.

— Garota boba, em quem você pensa quando acorda? Ela perguntou.

— Arthur — Respondi convicta.

— De quem você lembra quando vê um carro chique? Ou quando passa em frente a uma boate? Ou até mesmo quando entra na sua loja?

A resposta era óbvia. Arthur.

Desde que nós conhecemos, ele ocupa um espaço considerável em minha mente, desde a primeira vez, os olhos dele aparecem para mim em horas estranhas do dia.

— Então, isso que vocês têm, levou tempo para ser construído, esse tipo de relação não acaba assim.

— Verdade — Paola disse.

— Agora me diga, o que vocês têm? Maria Júlia perguntou pondo expectativas.

— Eu... Eu acho que amo ele.

As duas reviraram os olhos juntas.

— Você acha? Ela disseram.

Sorri, eu amava ele, eu amo ele. Eu não perderia ele, nunca.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora