Capitulo 34

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Arthur

Me mexi lentamente na cama fazendo o mínimo de movimentos possíveis para não acordar a mulher deitada ao meu lado.

Vanessa dormia calmamente, com uma das pernas para fora do cobertor, suspiros leves e alguns movimentos calmos. Essa noite eu percebi que ela se mexe muito durante o sono.

Meu celular tocou no bolso da calça e eu me apressei para atender o mais rápido possível, um número restrito chamava do outro lado, franzi a testa, não compartilhava meu número com estranhos.

— Alô? Falei assim que atendi.

Artù Campanna? Estranhei ainda mais quando uma voz em italiano me respondeu.

Quem caralhos estaria me ligando as nove da manhã, da Itália.

— Foi para ele que ligou não? Perguntei, sem paciência.

Io, sono un conoscente di tuo padre. (Eu sou um conhecido do seu pai)

— Os negócios do Júlio não me interessam.

Me preparei para desligar, até que algo me alertou, algo que ele disse em seguida.

l'altro tuo padre (seu outro pai).

— Quem é você? Perguntei.

— Alguém que deveria estar morto.

Dessa vez ele falou em inglês, deixando claro que era fluente e que talvez estivesse sendo observado.

— Me encontre as 11:00 no Palace Wost, o que tenho para lhe falar é urgente.

A chamada foi desligada em seguida, me deixando em dúvida se iria ou não ao encontro do estranho.
Levando em consideração que faltava apenas vinte minutos para as dez horas.

Recolhi minhas roupas do chão vestindo-as calmamente, a mente trabalhava a milhão, a noite anterior foi de longe a melhor da minha vida, por algumas horas eu consegui esquecer dos problemas que me rodeavam, e tive uma noite tranquila de sono, pela primeira vez em muitos anos... Sem pesadelos.

Assim que terminei de por a camisa, me preparei para acordar a Vanessa para ao menos avisar que iria em bora, não quero que ela pense que me aproveitei, não seria justo sair sem me despedir.

Mas batidas na porta foram o suficiente para me interromper, Vanessa acordou de uma vez, abrindo os olhos, ela parecia sonolenta, os olhos meio fechados denunciavam que ela nem sabia onde estava direito.

Após piscar algumas vezes e mais batidas forem ouvidas, ela pareceu realmente despertar.

— Você já vai? Ela perguntou se levantando, deixando o cobertor escorregar entre seu corpo. A cena quase me fez desistir e dizer que ficaria por quanto tempo ela quisesse.

— Infelizmente sim, mais se quiser eu volto. Sorri.

— Engraçadinho, por que não atendeu a porta? Estão batendo, vá abrir, eu preciso me vestir.

Revirei os olhos, Vanessa realmente era muito mandona.

Mais batidas foram ouvidas, dessa vez mais forte, senti vontade de mandar a pessoa do outro lado para o inferno.

Segui em direção a sala, pegando meu terno que estava sobre o sofá, e fui até a porta.

Assim que abri, meu coração deu uma pequena parada. Rosalinda Albuquerque, mãe de Vanessa, estava agora na minha frente, muito bem vestida, e com um sorriso que foi morrendo assim que me viu.

Ela claramente sabia quem eu era, droga!

— Então foi por isso que ela não abriu, o que está fazendo aqui? Ela perguntou. Claramente não gostou da minha presença ali.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora