Capítulo 30

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Se a frente do vestido de Vanessa quase me matou, as costas então... Eu pensei que a frente já revelava demais.

Arthur

— Então é isso, vocês vão investigar essas tal boate — Gabriel perguntava pela quarta vez, estava me irritando.

— Sim. Sim. Sim. Mil vezes sim porra.

Depois que sai da casa do Júlio fui até a empresa, conversei com o Felipe e ele me contou o que aconteceu e agora eu terei que limpar a bagunça, o infeliz do Fonseca tinha a porra de uma família.

Mais não foi culpa apenas do Felipe, Júlio como sempre fodendo com tudo, a dívida do Fonseca era com ele, e o covarde mandou o Felipe cobrar. Eu estava quase me arrependendo de ter enfiado uma faca no abdômen dele... Quase.

— E você está se arrumando tanto assim, pra isso? Ele perguntou, mantendo o tom sarcástico que tem usado com frequência, desde que falei que era para ajudar a Vanessa.

— O que porra? Quer que vá parecendo um sem teto? Como você é chato — Falei.

— Não é isso, é só que é a terceira vez que você desfaz o nó dessa gravata, e os outros dois anteriores estavam perfeitos...

Parei de amarrar, e o olhei, Gabriel estava deitado na minha cama enrolado no meu edredom, ele invadiu meu quarto, e se jogou na minha cama, até as meias o infeliz tirou.

E eu estava agora, pondo um terno preto de três peças, o sapato devidamente engrachado ocupava meus pés, uma gravata agora desamarrada estava pendurada em meu pescoço e eu cogitei matar o Gabriel com ela, várias vezes.

— Você acha que ela vai se arrumar assim para ir com você? Ele perguntou.

A verdade é que eu não tinha dúvidas que Vanessa estaria belíssima como sempre, independente do que ele vestisse hoje para ir comigo, ela poderia ir de chinelos e calção, ela estaria linda.

E eu bom, eu queria estar no mínimo digno de poder andar ao seu lado, sem que sua beleza roubasse todos os olhares, quer dizer queria ter um olhar para mim.

_O olhar dela_

— Ih, esse olhar eu conheço bem! Ele disse me tirando do transe.

— Que olhar? Perguntei, não sabendo do que ele falava.

— Nenhum não, com certeza você consegue descobrir sozinho... E algo me diz que não vai demorar.

O ignorei, e voltei a fazer o nó, prestando atenção em casa detalhes para que ficasse perfeito.

Eram exatamente 19h quando eu finalmente terminei de me arrumar, Gabriel ainda estava aqui, agora na cozinha conversando com os empregados e provavelmente querendo roubar algum.

O interfone tocou, e logo depois uma das funcionárias voltou, parando em minha frente.

— Senhor, a Senhorita Albuquerque está lá fora.

— A diga para entrar.

Falei e a mulher saiu, rapidamente passos foram novamente ouvidos, dessa vez de saltos.

Vanessa entrou graciosamente na sala, estava dentro de um vestido vermelho cintilante com correntes douradas que não deixavam muito para a imaginação, já que o decote em evidência me dava uma visão bem ampla dos seus seios, quase expostos no vestido.

— Mas que porra.

Foi a única coisa que eu conseguiria dizer sem babar ou engasgar, que vestido era aquele?

— Uau. Foi o som ouvido do lado da cozinha.

Gabriel havia acabado de entrar na sala, e o olhar que lançou a Vanessa me incomodou, droga, eu não gosto do jeito que vão olhar para ela essa noite, obviamente todos olhariam como o Gabriel.

— Hum — Pigarriei — Você não estava de saída? Perguntei para o mesmo.

— Sim, claro — Ele disse e veio em minha direção — Ainda bem que você se arrumou, mais eu não acho que vá adiantar muito. Essa mulher é belíssima.

— Obrigado pela visita Gabriel. Falei

Ele sorriu abertamente e passou por Vanessa, a comprimentou com um acena e ela fez o mesmo, a porta bateu.

— Você está linda _ Falei depois que me acalmei o suficiente para falar algo sem parecer um adolescente.

— Você também não está nada mal _ Ela disse.

A olhei nos olhos, a maquiagem leve em seu rosto realçava os seus olhos, o batom vermelho parecia que gritava para que eu olhasse, por tempo demais para sua boca o pescoço esposto convidativo, e o cheiro que inebriou todos meus sentidos.

Eu estava certo quando disse que ela estaria belíssima, ela realmente era a mulher mais linda que é já havia visto, Vanessa era a porra da mulher mais bonita que eu tive a honra de conhecer.

Me aproximei, tirando uma caixa quadrada fina do bolso do palitó, a falta de jóias presentes em seu pescoço facilou o que eu iria fazer.

Ao abrir a caixa em sua frente, eu vi que Vanessa ficou deslumbrada, não de um jeito ruim, ela admirou a jóia que eu a ofereci, não seu valor, os detalhes.

— São para você, para combinar com o vestido. Falei, sabendo que se dissesse que era dela ela não aceitaria.

— Não posso usar algo assim Arthur.

— Mas é claro que pode.

Não a esperei retrucar, fui para trás dela rapidamente, o que eu vi, quase me fez cair para trás.

— Mas que Caralho!

Se a frente do vestido de Vanessa quase me matou, as costas então... Eu pensei que a frente já revelava demais.

As costas eram nuas, e tinham apenas correntes em tons de dourado, era a única coisa que me empedia de ver suas costas nuas, por sorte, eram muitas correntes.

— O que foi, não gostou? Você disse que eu estava linda!

Ela falou.

— E está, porra como está! Falei

— Então o que foi, que droga de reação foi essa?

Ela perguntou, aparentemente preocupada com toda a sua beleza exagerada dentro daquela roupa.
Não sabia o que responder, como diria a ela, que imaginar seu corpo nu me fez quase desistir de ir até a essa boate e a toma-la alí mesmo na sala, e fazer com que terminassimos o que começamos na minha sala pela manhã?

— Você está muito linda.

Foi só o que eu disse, foi só o que eu consegui dizer.

— Ah claro.

Ela falou e foi em direção a porta, porra!

Fui rapidamente em sua direção, a segurei pelo braço com delicadeza, colando nossos corpos consideravelmente.

— Você está linda para um caralho, e se você não parar com isso eu vou ter que provar, e provar vai ser um tanto complicado já que envolve eu e você sem as nossas roupas.

Sussurrei em seu ouvido, apenas para que a mesma ouvisse, fechei o colar em seu pescoço, que coloquei assim que a puxei para mim. Desci minhas mãos pelo seus rosto, parando para admirar cada pedacinho dela.

Parando em sua cintura, segurando com firmeza, depositei um celinho casto no canto dos seus lábios, e nós separei mantendo a mão em sua cintura.

— Quando chegarmos, fique perto de mim, não quero ter que matar ninguém hoje.

Falei enquanto nós quiava até a saída.

Essa noite promete...

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora