Arthur
Assim que desliguei a chamada com Felipe, eu cruzei o Hal de entrada do prédio em que eu estava hospedado em Milão.
Não quis ficar com Cristiano na casa dele, poderia ser ainda mais perigoso.
Entrei no meu carro e fui em direção a parte mais quieta da cidade, onde Cristiano morava, eu ainda não tinha noção do que faria, Vanessa estava em perigo, Felipe também, e eu não era a porra do capo.
Digiri em alta velocidade atravessando a cidade meu celular tocava incansavelmente e o apelido carinhoso que eu dei a Felipe brilhava na tela.
O som estrondoso estava me irritando, peguei o celular do banco do passageiro e atirei pela janela.
Mesmo sabendo que isso era uma atitude burra, mas para pensar eu precisava de silêncio absoluto, e o celular tocando não ajudava.
Infelizmente até mesmo o ronco do motor que me acalmava na maioria das vezes estava tirando o pouco que me restava da paciência.
Freei bruscamente em frente a grande mansão. Armas foram apontando em minha direção e logo depois voltaram ao normal ao me reconhecerem.
Entrei na casa na velocidade da luz e Rebecca descia a escada no mesmo instante.
Ela me parou.
— Figlio, o que faz aqui? Ela perguntou preocupada.
Manti o silêncio e a expressão seria, eu sentia que podia desabar a qualquer momento.
Balancei a cabeça em negativa, ela pareceu entender e deixou que eu passasse em direção a escada subi correndo entrando na terceira porta, Cristiano estava deitado no colchão em repouso. Indicações do médico!
— Eu já sei. — Ele disse em um tom de preocupação e pesar — Felipe me ligou, depois que disse que não estava conseguindo falar com você, ele está preocupado.
Me sentei no chão pondo as mãos na cabeça, não podia desabar, não quando Vanessa precisava de mim, eu precisava manter a calma.
— Eu entendo o que está sentindo, mais você tem que manter a calma, ela precisa de você, e para ajudar você tem que se acalmar.
Vi a sombra dele se aproximando e logo depois senti a sua mão pesando em meus ombros me mantendo parado.
— Eu não sei o que fazer — Confessei sentindo as lágrimas molharem meu rosto, eu estava desesperado — Eu disse a ela que voltaria, mas a chance de que ela estivesse em perigo não passou pela minha cabeça, eu deveria estar lá!
As mãos de Cristiano deram lugar a outra, essa mais suave e com esmalte vermelho.
— Não é sua culpa — Rebecca disse enquanto me abraçava.
Continuei estático, era minha culpa.
Júlio queria a mim, e eu não estava lá.
Era minha culpa.
— Mas você precisa se acalmar, ela deve estar bem.
Rebecca se afastou, e mostrou a mão estendida a mim, me convidando a levantar, segurei firme quando ela me puxou para cima.
— Eu não posso fazer muito, mas você pode — Cristiano disse enquanto pegava um celular na gaveta — Fique com esse, ligue para seu irmão.
Recebi o celular o pondo no bolso da calça.
— Agora eu preciso que você me acompanhe — Ele disse pegando a moleta de madeira talhada e saindo do quarto em direção ao elevador que levava ao porão da mansão.
Assim que chegamos eu pude ver o ambiente, uma mesa enorme e um stand de tiros, armamentos e proteção.
— Vou passar meu poder para você, sempre foi para isso que eu te criei, a partir de hoje você é o capo, e quando você voltar...
— Não sabe se eu vou voltar — interrompi.
— E quando você voltar, a coroação será feita do jeito da famiglia.
Use o meu poder que agora é seu, na verdade sempre foi seu, use tudo isso a seu favor e salve a sua mulher.— Ele disse me oferecendo uma pasta que continha todas as informações da famíglia.Agradeci a ele e sai do porão, precisava chegar em Chicago o mais rápido possível, qualquer forma de me adiantar era útil.
Assim que sai da mansão foi em direção ao Heli porto que continha ali, Rebecca avisou que já tinha colocado o jatinho particular deles ao meu dispor.
Entrei a chave do carro para o empregado e entrei no jato, a ideia era chegar em Chicago pela manhã e começar os preparativos para o resgate.
Assim que sentei no banco e o jato saiu, em menos de vinte minutos meu novo celular tocou.
O número desconhecido na tela me fez entrar em uma bolha de precaução.
Atendi pondo o celular imediatamente no ouvido
— Sabe, quado eu mandei matá-la pela primeira vez, eu não achei que ela sobreviveria... — A voz asquerosa de Júlio entrava em contraste do outro lado da linha.
— accidenti, disgraziato! — Brandei sentindo minhas veias pularem do meu pescoço. (Maldito, desgraçado)
— Calma Figlio, não precisa se alterar, eu ainda não terminei. — Me manti em silêncio, ouvindo sua risada. — Não estava nos planos você aparecer e salva-la aquele dia. Eu perdi três dos meu homens.
— Antes eu não conseguia entender o que você tinha visto nessa mulher? Não vou mencionar o incesto por que a essa altura você já deve saber que ela não é sua irmã, ainda bem — Ele disse com escárnio.
— Mas, eu entendo agora, ela é belíssima, os cabelos cacheados na altura da cintura, os lábios grossos e curvados e é claro as curvas de seu corpo moreno esbelto. Se não fosse a situação atual, eu também me apaixonaria por ela — Senti meu estômago embrulhar ao ouvir ele descrever o corpo dela com um tom emanando malícia.
— Não encoste nela desgraçado, é a mim que você quer!!!!
Ele riu, riu com muito gosto.
— Não, não, você eu quero morto, mesmo tendo meu sangue você nunca me respeitou, mas ela, ah, ela... Eu tenho outros planos para ela. Algo como antes de te matar finalmente, fazer você assitir um sexo coletivo. Alguns dos meus homens estão eufóricos com a presença dessa beldade aqui...
Apertei minhas mãos com força no telefone sentindo ele a ponto de partir, a película já havia trincado e aquilo não chegava perto do que eu queria fazer com o Júlio.
— Não encoste na minha mulher! Você vai se arrepender se eu sonhar que você a feriu! Brandei, ouvindo o mudo do outro lado.
O maldito havia desligado e eu estava muito mais fúria do que quando eu soube que ela estava em perigo.
JÚLIO IRIA MORRER, E MORRERIA COMO EXEMPLO. Não se meche com mulher, e muito menos se a mulher for a minha!!!!
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Para Sempre: Minha
Romance"𝑬𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒎𝒖𝒅𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒂𝒃𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒄𝒉𝒆𝒈𝒂𝒓 𝒂𝒒𝒖𝒊, 𝒑𝒐𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒊𝒗𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒇𝒐𝒊 𝒏𝒆𝒔𝒄𝒆𝒔𝒔𝒂𝒓𝒊𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒆𝒖 𝒕𝒆 𝒂𝒎𝒂𝒓 𝒄𝒂𝒅𝒂 𝒗𝒆𝒛 𝒎𝒂...