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Arthur

Assim que saímos da empresa, depois de Vanessa insistir em sair pela área de serviço, a deixei na loja, ela disse que trabalharia até tarde, me ofereci para buscá-la.

A verdade é que eu queria que ela dormisse comigo essa noite, então assim que a buscasse eu a levaria para minha casa, diria para Joana fazer um jantar maravilhoso e a pediria em namoro, a ideia inicial ao menos era essa.

Cheguei em casa, porque havia decidido que não trabalharia mais no dia de hoje, senti o cansaço se apoderando dos meus ossos, e tomei um banho rápido só para me jogar na cama e dormir o máximo que eu podesse.

O que eu já devia saber que não seria muito...

Algumas horas depois, meu celular tocava incansavelmente sobre a cômoda, atendi sem ao menos olhar na tela e indentificar quem ligava.

— Arthur Campanna — Falei, com o fio de voz. Típico de quem havia acabado de acordar.

— Mio figlio (meu filho) — Ouvi junto com um soluço.

Fiquei em alerta, era a minha mãe, não Carla, Rebecca.

— Mãe, o que ouve? Perguntei, já me levantando da cama.

Todo sono havia sido levado.

— Cristiano, meu filho, seu pai está muito ferido... Eu não sei o que fazer.

O desespero era palpável, Rebecca chorava angustiada do outro lado da linha.

— Calma, me diz, onde vocês estão?

— Na Itália filho, mais eu não sei o que fazer, fui as compras, e quando voltei ele estava desacordado, eu chamei um médico assim que cheguei, e estou a horas sem notícias, eu não queria te preocupar mas... Mas eu não sei o que fazer.

Senti meu peito apertar, Rebecca como mulher de um capo sempre sabe manter a compostura, mas o amor que ela sentia pelo marido era algo inegável.

— Se acalme, eu chego aí o mais rápido que eu poder...

Ela confirmou e agradeceu, encerrei a ligação garantindo que tudo ficaria bem.

Me vesti adequadamente e liguei para o Felipe.

— Atrase os planos, vou fazer uma viajem e não sei quando volto...

Falei, já entrando no carro, assim que ele atendeu no terceiro toque.

— Como assim? Agora que as coisas estão finalmente indo bem?

Não queria passar tantas informações, por que afinal nem eu mesmo sabia o que estava acontecendo ao certo.

— Cristiano precisa de mim na Itália, volto assim que tudo estiver resolvido. Não perca o Júlio de vista, nem o Marcos.

Desliguei sem esperar por sua resposta, antes de embarcar eu precisava ir a um lugar.

— Preciso falar com Vanessa Albuquerque... — Falei assim que cheguei na recepção da Black Ys More.

Uma moça vestida de uniforme me olhou, e sorriu. A ignorei focando no que vim fazer.

— Qual o seu nome? Ela perguntou.

Revirei os olhos, claro que ela sabia, eu estava constantemente nas capas das revistas. Raramente eram polêmicas, mais sempre elogiando meu trabalho ou a minha beleza.

— Arthur Campanna.

Ela digitou algo e logo depois disse que eu poderia entrar.

Fui em direção aos fundos da loja onde ficava o escritório da gerente. Bati na porta e entrei.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora