Capítulo 32

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Ele disse e se virou, evitando contato visual, Arthur se recusava a olhar em meus olhos.

Ele disse e se virou, evitando contato visual, Arthur se recusava a olhar em meus olhos

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Vanessa

Arthur parecia preocupado, depois que saímos da boate ele disse apenas uma frase "Vanessa, o problema não é a boate... É o que está em baixo dela"

E depois disso não disse mais nada, se manteve em silêncio absoluto, o caminho que ele fazia, não era em direção a minha casa então supôs que estávamos indo para a casa dele.

— Não vai me contar o que viu lá em baixo? Perguntei novamente.

— Olha — Ele disse em um suspiro — Eu não posso te contar.

Ele desistiu no último minuto. Droga.

— Olha Arthur, querendo ou não essa é a minha vida agora, se estávamos lá, se fomos lá foi por mim! Era a mim que você queria ajudar, mas de alguma forma, parece que você não me conta tudo.

O vi apertar o volante com força, os nós dos seus dedos ficaram brancos. Ele diminuiu a velocidade.

— Eu sei, eu sei. Mas eu não posso, não posso te colocar em risco, não quero que aconteça novamente.

Dessa vez, ele encostou o carro se virando em minha direção, tirou o cinto de segurança.

— Eu sei que foi ruim o que aconteceu — Falei relembrando o ocorrido, a perseguição, os tiros, o homem morto. — Mas você não pode me proteger de tudo Arthur.

— Eu não posso, eu vou resolver, vou encontrar uma solução, mas o que tinha lá em baixo, eu não posso te contar.

Suspirei.

— Por que? Por que não pode me contar?

— Por que, tudo que tinha lá faz parte da minha vida, tudo que tinha lá eu já havia visto antes, eu já usei antes.

Então era isso, a máfia, sempre a máfia...

— O que era Arthur? Preciso que me diga, eu não posso confiar em você se não me disser, e eu vou ter que me afastar se isso acontecer, então por favor... Me diga! Supliquei.

— Eram... — Ele suspirou, e fechou os olhos em seguida — Eram objetos de tortura.

Ele disse e se virou, evitando contato visual, Arthur se recusava a olhar em meus olhos.

— Tudo bem, viu? Não foi tão difícil! Falei.

A surpresa era evidente em seu rosto. Provavelmente ele pensou que eu iria julgar ou apontar o dedo.

Nunca faria isso, o que ele faz, a vida que ele leva, não conheço seu passado, os motivos que ele tem para fazer de uma organização como a máfia italiana, mas não vou e não posso julgar, ele me salvou, a vida que ele leva me salvou.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora