Capítulo 28

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Atravessei a sala, indo diretamente para o segundo andar, claro que esses tiros foram só um susto, ninguém aqui está morto...

Ainda.

Arthur

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Arthur

Assim que sai do café, meu celular vibrou avisando a chegada de uma nova mensagem, Gabriel havia confimado, e tudo estava indo de acordo com o plano.

Entrei no meu carro novamente, jogando a pistola no banco do passageiro, indo em direção a casa de campo dele, hoje ele vai saber do que eu sou capaz.

Meia hora depois, eu estacionava um pouco distante, seguiria a pequena estrada a pé, até porque não quero que meu carro sofra novamente.

Em passos calmos, eu ia em direção a pequena mansão no meio da floresta, não muito longe da cidade Júlio sempre vinha aqui quando pretendia fugir de algo, eu só não sei do que ele está fugindo agora.

Assim que cheguei em frente ao portão, vi que já estava aberto, isso é um sinal de que todos os meus funcionários estão em seus postos, atravessei.

Assim que cruzei o portão, Gabriel veio ao meu encontro.

— Tudo certo, tem certeza? Ele perguntou.

— Sim, dessa vez eu não vou deixar barato!

— Ok. Ele disse

Pegou o pequeno comunicador na cintura, dando a ordem. Segundos depois tiros foram ouvidos de todos os lados, homens armados atravessavam a porta da mansão a força, homens no chão sangrando.

Claro que Júlio não estaria aqui sozinho.

Assim que os tiros cessaram, fui em direção a porta, que agora estava no chão, cheia de buracos de balas.

Atravessei a sala, indo diretamente para o segundo andar, claro que esses tiros foram só um susto, ninguém aqui está morto...

Ainda.

Fui diretamente até a biblioteca, a porta aberta o denunciava.

Assim que atravessei, senti o cano gelado da arma na minha nuca, sorri.

— Garoto, o que foi, ficou maluco? Ele perguntou.

— Não, estou apenas fazendo uma visita, o que? Não posso? Falei

— Ponha a arma sobre a mesa Arthur.

Ele disse, passando uma calmaria falsa.

— Com todo prazer.
Falei.

Tirei da cintura, e me aproximei da mesa devagar, a colocando em cima.
A mesa era a mesma de anos atrás, e q faça continuava lá enfiada, em pé.

Aproveitei seu minuto de distração e peguei a faca, pondo ele minha mão e meu braço. Me virei.

— Você está achando que só por que é um consigliere eu vou deixar passar essa afronta? Júlio perguntou.

Revirei os olhos, quando ele pressionou ainda mais a arma na minha testa.

— Você vai atirar? Perguntei.

Ele ficou sério, a expressão de raiva era evidente. Júlio não atiraria, ele não podia.

— Eu imaginei! Falei e sorri em seguida.

— Sabe Júlio, a 15 anos atrás, você cometeu o erro de matar meu pai, na minha frente.

Falei sentindo um gosto amargo, engoli em seco e respirei fundo tentando fazer com que isso acabasse logo.

— Bom, eu não tenho como provar que foi você, mas... A lembrança, os flashs, a sensação. Você me obrigou a sentir tudo isso de novo — Falei, tateando a mão com cuidado sobre a mesa, sorri quando senti a arma novamente em minha mão — Esse foi seu erro!

Assim que falei, girei a faca em mãos, enquanto o desarmava com a outra, Júlio por sua vez, foi pego de surpresa.

Sua arma foi parar do outro lado da sala, apontei a arma com a faca em sua direção.
Ele não se deu por vencido, veio em minha direção me pegando pela cintura e me lançando sobre a mesa.

Chutei seu rosto e o soquei assim que ele se desconcentrou, manti uma sequência de socos, até que ele revidou, senti a dor do murro e o gosto do sangue. Cuspi.

— O que foi garoto? Cansou? Ele perguntou.

— Eu estou só começando!
Joguei a faca em sua direção o esperando desviar, assim que abaixou chutei sua perna, o vendo se ajoelhar.

Dei uma joelhada em seu rosto, e me preparei para dar outro chute, mas senti as mãos dele segurarem meu pé me puxando e me levando ao chão.

Júlio subiu em mim, e a única coisa que eu sentia, era o peso de suas mãos, invadindo meu rosto.

Coloquei os braços como proteção, assim que ele vacilou, o virei, também socando sem dar tempo para que ele revidasse.

Soquei se rosto várias e várias vezes, até que já não podesse ver mais um homem, apenas sangue. Minha camisa social antes branca, agora era vermelha, e Júlio parecia desmaiado, claro que não estava.

Sai de cima dele, e voltei a mesa, onde a arma e a faca tinham ficado.

Volte até Júlio, pisando em seu rosto, se ele desmaiou, a dor o acorda.

Ouvi seu resmungo baixinho. Ainda não estava satisfeito, queria ouvi-ló gritar.

Me abaixei próximo a seu rosto.

— Quantas vezes eu te falei para ficar longe dele? Quantas vezes eu disse que não iria te perdoar se você o machucasse de novo? — Susurrei em seu ouvido — Sabe Júlio, eu pensei em deixar para lá, eu juro que estava pensando em deixar essa vingança para depois... Mais aí, você me liga dizendo que o Felipe tinha se machucado. Eu senti tanta raiva de você, que eu quis te matar.

— Então me mata.
Ele disse baixinho, quase não ouvi!

— Não posso, você sabe que eu não posso... Mas ninguém falou nada sobre te torturar, até você querer estar morto.

Falei, enfiando a faca em sua barriga, longe dos órgãos vitais.

Júlio gritou, e eu enfim senti a satisfação que procurava, mais ainda não era suficiente. Girei a  faca em seu abdômen, vendo o corpo dele arquear com a dor. Parei assim que senti uma mão em meu ombro.

— Já chega Arthur, temos que ir!
Gabriel falou.

— Tudo bem. Puxei a faca com rapidez, e gargalhei, assim que Júlio pôs as mãos no local.

— Se você tentar matar meu irmão mais uma vez, eu mato você! Não me subestime Júlio, não terei pena de você na próxima.

Sai da biblioteca, com Gabriel do meu lado, e uma expressão de preocupação.

— Acha que foi uma boa ideia? Ele perguntou.

— Eu não sei, mas quer sabe? Eu não me arrependo!

Assim que sai da propriedade, fui em direção ao meu carro, assim que entrei no mesmo, senti a dor que dos golpes que sofri.

A adrenalina de antes, havia as deixado isentas.
Liguei, dando partida a minha casa, ainda teria que me arrumar. Hoje Vanessa e eu vamos a boate/clube.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora