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Vanessa

— O-onde eu estou?— Perguntei a mim mesma olhando ao redor, tudo estava escuro e silencioso, forcei meus olhos para que ao menos conseguisse indentificar onde estava.

— Está comigo querida...

A voz desconhecida disse me causando arrepios na espinha.

— Quem é você? Falei.

Minha garganta seca denunciava que eu já estava ali a algumas horas, eu não me lembrava de nada.

— Eu sou o seu pior pesadelo...

|HORAS ANTES|

— Vamos Paola, eu estou morrendo de fome...

Falei puxando ela pelas mãos até a saída da loja, ela disse que me esperaria fechar hoje e jantariamos juntas.

Faz três dias que Arthur viajou, descobri por Maria Júlia que ele realmente não tinha data para voltar, já que pediu para a mesma tranferir todos os trabalhos urgentes para a filial da empresa dele na Itália.

— O que quer comer? Ela perguntou.

— Não sei, talvez churrasco? Falei sem ter muita certeza.

— Churrasco? Eu topo, vamos.

Ela me puxou pelo braço em direção ao táxi, o homem de boné nos deu boa tarde e seguiu em direção ao onde seria nosso restaurante.

Conversávamos no banco de trás, entretidas falando sobre como ia o desempenho da empresa e sobe alguns cálculos que estão baixos em relação ao último mês.

— Acha que tem alguém roubando da loja? Paola perguntou...

— Eu não sei, os cálculos que eu fiz assim que entrei na gerência tinha uma baixa em comparação a alguns meses. Mas não eram nada que levantasse suspeitas, de início eu pensei que eram causadas pelas crises — Falei suspirando — Mas, acontece que a loja tem vendido bem, todos os produtos do estoque acabam em três quatro semanas, não tem motivo para essas baixas...

Eu não queria acreditar que alguém estava roubando da loja. A Black Ys More é reconhecida. Os únicos que poderiam roubar dela são os próprios funcionários.

— Acho que investigar é uma boa opção, sem alarde apenas uma investigação silenciosa... — Paola concluiu e eu concordei.

Assim que o táxi parou, pagamos e fomos em direção ao restaurante com o melhor churrasco da região.

Comemos entre brincadeiras e assuntos sérios, concretizando um almoço agradável.

— Antes de ir até a loja, eu preciso ir em casa. Você me libera chefinha? Ela pediu.

— Claro, vamos dividir um táxi, eu também preciso passar em casa, tenho dado pouca atenção a Bart e Ozzy...

Inclusive, Ozzy está um cachorrão. Pelo visto a raça dele é do tipo enorme, cada dia que passa ele cresce mais, tá quase da altura da metade da minha canela.

— Ok, então eu vou em casa, você vai na sua e volta para me buscar ok? Ela perguntou e eu assenti confirmando.

Dessa vez não pedimos pelo aplicativo, já que tinha um táxi parado próximo ao restaurante.

Checamos se estava vazio e entramos.

O motorista usava um boné e óculos. E não disse nada, apenas fez gestos com a cabeça. Achei que fosse para que não puxassemos assunto com o mesmo.

Apesar de estranhar entramos.

Ele foi calmamente até a casa de Paola, que era um pouco longe da minha. Assim que deixamos ela lá me despedi e disse que logo voltava.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora