"Depois da tempestade vem à calmaria".
Essa frase pode se enquadrar na vida de muitos, mas não de Eda Yildiz. Perdeu os pais vitimas de um atentado, até então misterioso. A adolescência está carregada de más e doloridas lembranças.
Trabalha compulsi...
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O meu coração está tão destruído quanto o meu escritório.
Um caos completo.
Há uma explicação razoável para Alptekin destruir tudo de mais importante na minha vida?
Ser filho desse crápula é se sentir fracassado cem por cento dos dias. Por um momento eu apaguei esse pensamento da memória, gostaria de ser normal como Eda. Uma força da natureza, como Aslan mencionou. Ter a oportunidade de sorrir por um motivo bobo, ou simplesmente de uma borboleta que pousa em uma folha.
Ter a oportunidade de amar e ser amado. De construir uma família sem temer que ela seja destruída. Mas, eu não posso ter esse prazer, pois ele sempre dará um jeito de acabar com isso. – Vejo mais pedaços de vidro sendo quebrado na parede, enquanto o líquido escorre. – Nada é pior do que esse sentimento desastroso que estou sentindo no peito.
Ah, minha Bela, como eu te amo...
Ah, minha amada, como eu não quero retomar essa dor no seu coração.
- Caramba! – Engin diz ao adentrar ao meu caos. – O que você está fazendo? – Pergunta, abismado.
- Tem um buraco aqui dentro, Engin! – Aponto para o meu coração. – Ele conseguiu destruir tudo de mais belo que conquistei.
- Serkan, você está bêbado e não consegue formar uma frase se quer. – Afirma, retirando a garrafa de uísque da minha mão. – O que aconteceu? Você e Eda terminaram? – Nego, com um aperto no peito, pois se isso acontecer à vida não terá sentido.
- Alptekin foi o mandante do assassinato dos pais de Eda, bem como o da tia e, posteriormente – Caramba. Acabo de constatar que esse monstro tentou matar a minha esposa. Eda estava perto de descobrir a verdade e ele tentou calar a boca dela. Eu vou acabar com ele com minhas próprias mãos. Levanto-me, mas Engin me segura. – Eu preciso. – Ele não me deixa terminar.
- Você precisa de um banho e de um remédio para sua ressaca! – Ele me empurra para a suíte que tenho no escritório. – Depois você vai me contar essa história e se você quiser matá-lo, eu te ajudo a esconder o corpo. – Engin sempre tem as melhores alternativas.
Após a ducha gelada sinto meus sentidos voltarem e a enxurrada de pensamentos pessimistas inundarem minha mente.
- O que pensa em fazer? – Engin me interroga com o semblante preocupado.
- Tenho que contar a verdade, mesmo que isso acabe conosco, ela precisa saber! – Digo derrotado, pois não imagino uma vida sem Eda ao meu lado. – Logo depois entregarei às provas a justiça. – Engin assente e fecho meus olhos, com o intuito de fazer uma prece silenciosa. – Preciso atender! – Afirmo ao sentir meu celular vibrar no bolso.
