"Depois da tempestade vem à calmaria".
Essa frase pode se enquadrar na vida de muitos, mas não de Eda Yildiz. Perdeu os pais vitimas de um atentado, até então misterioso. A adolescência está carregada de más e doloridas lembranças.
Trabalha compulsi...
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Estou dentro de um conto de fadas.
Ainda continuo abismada com a imensidão dessa surpresa, porém radiante e encantada com cada pedaço desse momento. Fui conduzida à minha suíte, na qual há diversos profissionais contratados para realizar o nosso casamento.
— Como você conseguiu minhas medidas? — Pergunto a estilista.
— Seu marido nos trouxe alguns dos seus vestidos, mas posso ajustá-lo! — Responde, sorrindo e meu olhar varre o lugar. Há inúmeros buquê de rosas vermelhas e luminárias de estrelas.
— Serkan não cansa de me surpreender! — Sussurro, emocionada.
— Você não está totalmente surpreendida, acredite! — Brinca — Está pronta para provar o seu vestido de noiva? — Assinto.
Uma porta se abre e a perfeição é exibida, ao passo que meus olhos emergem em lágrimas. Louise, a maquiadora, me entrega um lenço e agradeço com um sorriso. O vestido é esplêndido, do jeito que sempre imaginei.
O seu estilo princesa, ombro a ombro, elevou minhas expectativas. Ele é branco, bordado com estrelas, ou seja, da maneira que descrevi a Serkan após aquele fatídico dia.
Com calma e muitas lágrimas de alegria sendo derramadas durante o caminho, comecei a vestir o vestido, que coube perfeitamente. O meu Tum Tum está crescendo devagarzinho e a cada instante fico um pouco mais apaixonada, quando o observo no espelho.
— Pode ser uma maquiagem simples? — Questiono, pois não sou amante de muitos produtos industrializados no meu rosto.
— Claro! — Louise confirma — Eu sei que parece uma missão impossível segurar as lágrimas, então permita que elas desçam, ou seja não as intercedam no caminho, senão você pode borrar seu rosto. — Assinto.
Enquanto, ela faz seu trabalho, minha mente voa para as palavras de Serkan: "Você, definitivamente, será minha mulher, Eda Yildiz".
Não vejo a hora, Serkan Bolat!
— Posso entrar? — Tia Ayfer bate levemente na porta e sorri quando nossos olhares se cruzam. — Minha menininha! — Ela se aproxima e segura minhas mãos trêmulas. — Seus pais — Aperto sua mão. — Eles estão tão felizes!
— Lembro-me quando mamãe me contou sobre o casamento deles — As suas palavras ainda correm por minha mente. — Em uma pequena capela na praia, do jeitinho que eles idealizaram, e com uma dose alta de amor. — Sorriu com a recordação. — Eu conheci esse amor, tia! E ele inunda meu ser com uma felicidade inexplicável. — Confesso.
— Eu sei, meu bem! Seus olhinhos brilhantes determinam esse amor. — Ela beija o dorso da minha mão. — Serkan com seu olhar marejado e seus inúmeros quase infartos está evidenciando esse sentimento também. — Uma lágrima solitária escapa ao imaginar o meu amor nervoso.
