"Depois da tempestade vem à calmaria".
Essa frase pode se enquadrar na vida de muitos, mas não de Eda Yildiz. Perdeu os pais vitimas de um atentado, até então misterioso. A adolescência está carregada de más e doloridas lembranças.
Trabalha compulsi...
"É possível amar muito alguém, ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela."
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As suas palavras ecoam em minha mente em uma velocidade frenética e o meu mundo desaba de mil maneiras diferentes.
"Eu te amo com todo o meu ser".
O meu corpo estremece e eu mal consigo encará-la, pois sinto que fiz a última coisa que queria no mundo, eu a magoei.
- Você não irá dizer nada? – Pergunta ao encontrar meus olhos marejados e extremamente tristes por não poder corresponder a sua frase.
- Eda! – A puxo para mim e abraço-a – Eu não posso ter esses sentimentos! – Ela se afasta e me observa incrédula – Eu apenas não posso. – Repito e ela enxuga as lágrimas do rosto.
- Tudo o que nós vivenciamos foi uma insanidade? Eu estava louca e me enganei em relação aos nossos sentimentos? – Questiona baixinho, como um sussurro.
- Há um desejo entre nós, uma atração física. Amor é algo além do que eu posso sentir. – Afirmo ao aproximar minha mão do seu rosto para limpá-lo, mas ela, instantaneamente se afasta.
- Desejo? Atração física? – Como eu digo que a amo, mas não posso, pois esse amor pode ser doentio e machucá-la? Maldito seja Alptekin por me retirar a oportunidade de amá-la como merece. – Eu preciso sair! – O meu corpo reage a sua frase e eu seguro seu pulso.
- Eda, não me abandone! Não me deixe, eu preciso de você! – Deixo as lágrimas saírem refletindo o meu medo de perdê-la.
Ela fecha os olhos e nossas lágrimas começam a escorrerem mais ainda. Beijo-as. Beijo sua bochecha e beijo sua testa e beijo seus lábios. Seguro seu pescoço e a beijo com o maior desespero. Tenho pavor à ideia de ela ir embora. Ela coloca as mãos nos meus ombros e retribui.
Ela está retribuindo o beijo!
Nós dois estamos chorando tentando compreender o que está acontecendo e diminuir a dor destes sentimentos.
Ela me empurra. Continua a me beijar, mas quer que eu me sente no sofá, então faço isso.
- Serkan! – Ela respira intensamente buscando o ar – Posso te fazer uma pergunta? – Assinto fazendo uma prece para que eu possa responder – Sou eu que você não pode amar ou o amor em geral que você não quer experimentar?
- O amor é algo doloroso para mim, Eda! No entanto, se eu fosse capaz de amar alguém... seria você! – Afirmo ao acariciar o rosto dela. – Eu não queria te magoar, me desculpe!
- Tudo bem! Você não me magoou, eu apenas criei expectativas em algo que não existe! – Ela enxuga o rosto com o dorso da mão – Eu preciso de um tempo para colocar a minha cabeça em ordem! – Meu corpo ecoa vários nãos – Vou ver Ezgi!
