Estrelas brilhantes

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L. É para o jeito como você me olha
O. É para o único que eu vejo
V. É muito, muito extraordinário
E. É ainda mais do que qualquer um que você possa adorar

(L.O.V.E - Frank Sinatra)

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Raiva

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Raiva. Fúria. Tristeza. Não nomeiam o que estou sentindo ao encarar Kaan na sala do meu apartamento. Gostaria de dizer em letras garrafais que dinheiro não substitui pessoas, não minimiza a dor da perda, não anula o que precisei enfrentar quando criança por ser órfã.

- Senhora Bolat! – Mustafa aparece na porta. – Está tudo bem? – Pergunta preocupado.

- Você poderia acompanhar esse homem para fora do prédio! – Peço, apontando para Kaan.

- O seu segurança não pode me retirar, Eda! Eu quero e vou falar com você! – Mustafa entra no apartamento e o intercepta. – Quero reparar os erros que meu pai cometeu.

- Você acha que o seu dinheiro reparará os danos que seu pai causou na minha vida? – Questiono, apoiando-me no sofá. – Eu fiquei presa nos destroços do carro que eles estavam, quando foram assassinados, uma criança. – As lágrimas tentam marejar meus olhos, mas continuo firme, o encarando. – Eu tenho pavor a lugares fechados ou ao silêncio devido aos traumas que o assassinato me causou. Perdi meus pais e com eles uma parte do meu coração! – Grito – Você acha que seu dinheiro reparará esses danos? – Repito com raiva.

- Eu sinto muito! – A postura gélida é substituída por um tremor nos ombros e logo depois um choro contido. – Eu sinto tanto, Eda! – Diz ao se aproximar de mim. – Interpretei-me mal, eu posso te ajudar em algo relacionado a esse caso? – Indaga, quando se recupera.

- Eu quero justiça, Kaan! – Pontuo. – Eu quero colocar Alptekin Bolat na cadeia, bem como seus cúmplices.

- Pode contar comigo! – Ele segura minha mão, enquanto Mustafa nos observa. – Desculpe-me por tudo!

- Você não tem culpa de nada, exceto da forma como propôs a sua forma de justiça! – Asseguro. – Dinheiro não compra sentimentos, Kaan!

- Eu fui ensinado dessa forma, Eda! – Ele se levanta. – Posso abraçá-la? – Pergunta e assinto.

Abraçamo-nos e compartilhamos uma dor quase parecida.

- O que você está fazendo aqui? – Analiso o meu marido parado ao lado de Mustafa, com cara de poucos amigos.

- Bolat! – Afastamo-nos do abraço e Kaan cumprimenta Serkan. – Eu vim conversar com sua esposa.

- Precisava abraçá-la para demonstrar suas palavras? – Reviro os olhos com o ciúme explícito. – Você está bem, meu amor? – Pergunta ao tocar meu rosto.

Intensos e quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora