Você aceita se casar comigo?

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Eu estou tão apaixonado, tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonado
(Tenerife Sea - Ed Sheeran)

— Papai está errado! — Ezgi me corrige pela milésima vez

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— Papai está errado! — Ezgi me corrige pela milésima vez. — A tia Ceren disse que a farinha deveria ser colocada após os ovos! — Meu corpo está na cozinha ao lado da minha filha, preparando um bolo de chocolate, porém minha mente está em Eda. Meu olhar está penetrado em seu rosto triste no sofá encarando a árvore de natal.

Minha esposa tenta abrir sorrisos para Ezgi, quando a pequena comenta sobre os preparativos do natal, mas eu a conheço o suficiente para identificar sua tristeza.

— Mamãe! — Ezgi me deixa na cozinha e segue para entregar um beijo a Eda. — Você poderia me ajudar no bolo? O papai está perdido!

— Claro, meu anjinho! — Ela segura a mão de Ezgi e eu cedo o espaço na cozinha para ambas. — Você está bem? — Pergunta ao encontrar meu olhar preocupado.

— Se você estiver bem eu estarei! — Beijo o dorso de sua mão e encosto-me à soleira da porta para observá-las.

Eda prometeu que não iria se isolar para lidar com seus medos, mas está fazendo o exato oposto. No jantar com a minha família a sua mente vagava em outro lugar, o seu silêncio demonstrou essa teoria. Desejo entender o significado do natal em seu coração, mas no momento parece algo inútil.

— Estamos muito sujas, mamãe! — Ezgi exclama. — Vou para o banho e depois venho comer o bolo! — Eda deixa um beijo em sua bochecha e ela corre em direção ao seu quarto ao lado de Sirius.

— Quando você sairá dessa bolha de dor? — Pergunto ao abraçá-la.

— Há dois momentos no ano que me deixam cabisbaixos! — Sussurra. — O dia em que meus pais morreram e o dia que meu coração clama para que eles estivessem ao meu lado. — Viro-a para encarar seus olhos marejados e encontro uma melancolia descomunal. — O natal é um desses dias.

— O que eu posso fazer para amenizar? — Questiono ao sentir a impotência gelar meu corpo. — Não consigo vê-la triste!

— Esteja ao meu lado — Ela encosta a cabeça em meu peito. — Eu vou tentar sair dessa bolha, mas não sei se consigo! — Abraço-a, tentando aplacar a sua angústia.

— Farei o possível para ajudá-la, minha princesa! — Afirmo ao beijar o topo de sua cabeça. — Eu te amo infinitamente, Eda Bolat!

— Eu te amo imensuravelmente, Serkan Bolat! — Recebo um selinho. — Preciso tomar um banho também! — Assinto. — Depois irei com Ezgi visitar Melo! — A sua saída me ajudará a por a minha ideia inusitada em prática.

— Mustafá irá levá-las! — Asseguro. — Irei resolver alguns problemas da empresa! — Ela assente e a vejo abrir um pequeno sorriso antes de sair.

Intensos e quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora