Leãozinho!

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"A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais"

Cinco semanas depois

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Cinco semanas depois

Observar o sol nascer é a minha nova rotina — estou quase adaptada com a insônia. Cinquenta por cento das vezes eu quero chorar, por não conseguir dormir e no restante, Serkan me coloca em seu colo e consigo cochilar por algumas horas.

Ele, como sempre, tem sido paciente — os meus hormônios tentam o enlouquecer — mas, seu autocontrole é admirável.

Às vezes torna-se muito difícil, mas quando Tum Tum se remexe, penso em seu corpinho em meus braços e a dor misturada com o medo se dissipam. Fiz uma ultrassonografia há dois dias, e a médica acredita que ele nascerá na próxima semana. Preparei-me para um parto normal e humanizado — Serkan está apavorado com a ideia de seu filho nascer em uma banheira, porém eu estou pronta para esse momento.

Nada é mais perfeito do que o corpo humano, especialmente o nosso — Mulheres, nós somos a força da natureza. A maneira como ele se adapta para formar outra vida dentro do nosso corpo é esplêndido. Sinto os cotovelos de Tum Tum, suas mãozinhas tateando minha barriga, seus pezinhos — e cada momento é indescritível, em especial a conversa de Ezgi com ele, bem como as de Serkan e seus beijos doces na minha barriga.

Meu príncipe encantado tenta, diariamente me deixar confortável, pois eu estou me sentindo inchada e cansada. Nada mais natural!

— Você já acordou, meu amor! — Ele entra no quarto e nossos olhos se encontram, perdendo um no outro. — Trouxe seu café da manhã! — Coloca uma bandeja repleta de frutas na cama. — Como está se sentindo? — Pergunta ao beijar os meus lábios e depois Tum Tum.

— Chorosa — Confesso, deixando escapar uma lágrima. — Uma dicotomia está percorrendo meus sentidos — Sorriu — Parece bobo, mas já estou com saudades da minha barriga de grávida.

— Não é bobo, meu anjo! — Mordisco um morango. — Ela está te acompanhando por dez longos meses! — Assinto e continuo comendo as maravilhas da bandeja decorada. — Mas — Ergo meu rosto e encontro seu sorriso malicioso. — Podemos treinar outras centenas de vezes, até você engravidar novamente! — Gargalho.

— Você é um safado, Serkan Bolat! — Afirmo e ele solta uma piscadela.

— Pode ser, mas não descarto oportunidades! — Replica.

— Seu filho está animado! — Ele toca minha barriga e sente os chutes de Tum Tum.

— Estou ansioso, Tum Tum! — Ele diz e fita meu rosto. — Não decidimos o nome ainda. — Oh céus, que dilema me meti.

Intensos e quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora