"A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais"☆
Cinco semanas depois
Observar o sol nascer é a minha nova rotina — estou quase adaptada com a insônia. Cinquenta por cento das vezes eu quero chorar, por não conseguir dormir e no restante, Serkan me coloca em seu colo e consigo cochilar por algumas horas.
Ele, como sempre, tem sido paciente — os meus hormônios tentam o enlouquecer — mas, seu autocontrole é admirável.
Às vezes torna-se muito difícil, mas quando Tum Tum se remexe, penso em seu corpinho em meus braços e a dor misturada com o medo se dissipam. Fiz uma ultrassonografia há dois dias, e a médica acredita que ele nascerá na próxima semana. Preparei-me para um parto normal e humanizado — Serkan está apavorado com a ideia de seu filho nascer em uma banheira, porém eu estou pronta para esse momento.
Nada é mais perfeito do que o corpo humano, especialmente o nosso — Mulheres, nós somos a força da natureza. A maneira como ele se adapta para formar outra vida dentro do nosso corpo é esplêndido. Sinto os cotovelos de Tum Tum, suas mãozinhas tateando minha barriga, seus pezinhos — e cada momento é indescritível, em especial a conversa de Ezgi com ele, bem como as de Serkan e seus beijos doces na minha barriga.
Meu príncipe encantado tenta, diariamente me deixar confortável, pois eu estou me sentindo inchada e cansada. Nada mais natural!
— Você já acordou, meu amor! — Ele entra no quarto e nossos olhos se encontram, perdendo um no outro. — Trouxe seu café da manhã! — Coloca uma bandeja repleta de frutas na cama. — Como está se sentindo? — Pergunta ao beijar os meus lábios e depois Tum Tum.
— Chorosa — Confesso, deixando escapar uma lágrima. — Uma dicotomia está percorrendo meus sentidos — Sorriu — Parece bobo, mas já estou com saudades da minha barriga de grávida.
— Não é bobo, meu anjo! — Mordisco um morango. — Ela está te acompanhando por dez longos meses! — Assinto e continuo comendo as maravilhas da bandeja decorada. — Mas — Ergo meu rosto e encontro seu sorriso malicioso. — Podemos treinar outras centenas de vezes, até você engravidar novamente! — Gargalho.
— Você é um safado, Serkan Bolat! — Afirmo e ele solta uma piscadela.
— Pode ser, mas não descarto oportunidades! — Replica.
— Seu filho está animado! — Ele toca minha barriga e sente os chutes de Tum Tum.
— Estou ansioso, Tum Tum! — Ele diz e fita meu rosto. — Não decidimos o nome ainda. — Oh céus, que dilema me meti.
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Intensos e quebrados
Fanfic"Depois da tempestade vem à calmaria". Essa frase pode se enquadrar na vida de muitos, mas não de Eda Yildiz. Perdeu os pais vitimas de um atentado, até então misterioso. A adolescência está carregada de más e doloridas lembranças. Trabalha compulsi...