Coração ancorado!

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Ela estava feliz, estávamos felizes

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Ela estava feliz, estávamos felizes. Desde o minuto que descobrimos a gravidez que nossos dias têm sido espetaculares. Seus olhos brilhavam com uma alegria contagiante e meu coração se aquecia a todo instante, por isso não me preparei para ver o pavor em seu olhar quando entramos no consultório médico.

Tudo estava estranho, mas piorou quando o obstetra canalha me impediu de ficar no quarto quando ela desmaiou. Seus olhos refletiam um desejo horripilante que eu gostaria de anular com meu punho, mas prezando por Eda e Ezgi, tive que esperar.

Porém, não sou de ferro, o pavor que exalava do corpo de Eda me bateu uma insegurança elevada e, então decidi acabar com a tortura visível no olhar dela.

Soquei-o e faria mil vezes para não ver o semblante triste da minha mulher. – Caramba, ela está apavorada – Inspirando e expirando, abraçada ao meu corpo.

- O seu silêncio está me deixando ainda mais aflito! – Digo, acariciando sua coluna. – Podemos conversar em outro momento se você não estiver bem! – Beijo o topo da sua cabeça.

- Tenho que falar antes que a mínima coragem desapareça. – Afirma e afasta-se do meu corpo. – Lembra quando conversamos em Antalya sobre o passado? – Assinto. – Ismail é o meu ex-namorado que mencionei. – Uma letargia apossou do meu corpo. – Nós namoramos por alguns meses, quase um ano.

- Você disse que terminaram por que ele queria fazer sexo! – Recordo-me de suas palavras e ela balança a cabeça, positivamente. – Foi apenas esse o motivo? – Seu semblante me diz que foi algo bem pior, e sinto o meu sangue ferver.

- Nos conhecemos na residência – Começa temerosa. – Ele se aproximou e iniciamos uma amizade que por insistência dele, tornou-se algo a mais. – O ciúme se espalha por cada parte do meu corpo. – Começamos um relacionamento, porém eu não conseguia me entregar e confiar nele. Na verdade, eu tinha um grave problema de confiança. – Admite. – Ele começou a se infiltrar na minha vida, regular meu trabalho, minhas conversas com Melo, minhas roupas ou o meu modo de andar. – Ri, amargamente. – E eu não percebia Serkan! – Aliso suas bochechas, tentando conter minha raiva, pois deveria ter batido mais naquele crápula. – Ele me tratava como uma princesa comprava flores, me ligava a todo o momento para perguntar se eu estava bem, me elogiava. – Levanto a mão, pedindo permissão para interrompê-la.

- Podemos pular os detalhes amorosos? – Pergunto e beijo seus lábios quentes. – Estou me segurando para não voltar naquele consultório e acabar o que comecei. – Ela aperta minha mão. – Continue, desculpa!

- Enfim, eu me afastei dos meus amigos, mudei meu estilo de roupa, vigiei meu jeito de andar, parei de tomar vinho, pois segundo ele é feio uma mulher que bebe. – Reviro meus olhos com o preconceito estampado. – Porém, após todas essas mudanças inconscientes, ele decidiu que me queria na cama dele. Meu corpo inteiro tremeu Serkan! – Enxugo as lágrimas que descem no rosto dela. – Medo, muito medo me atingiu! Ele estava bêbado e violento. – Nota mental: vou arruinar a vida desse desgraçado. – Ismail começou a me despir e eu tentava lutar, mas ele era mais forte. Debati e lembrei-me do golpe que dei em Murat, então fiz o mesmo. Ele se agachou de dor e eu fugi, corri o mais rápido que consegui. – Abraço-a, querendo arrancar a dor do seu coração. – Mas, eu não tinha meu anjo da guarda comigo daquela vez. Não sabia para onde ir, tinha medo que ele me encontrasse.

Intensos e quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora