- Maae, essa é a Isa, minha amiga ó. - Eva aparece de mãos dadas com uma menina do mesmo tamanho que ela.
- Oi, Isa. Tudo bem? - Me abaixo e fico na altura das garotas.
- Oi tia. - a menina fala sorrindo e percebo um sotaque muito forte.
- Mãe, a gente vai no pula-pula, tá? - Eva avisa e sai puxando a nova amiga.
Fiquei na mesa aproveitando os docinhos que serviam por um tempo, amo ser mãe pelo simples fato de ir pras festas de criança e me empanturrar de doce. Quando lembrei que a minha criatura precisava comer também, fui atrás dela e a encontrei pulando freneticamente na cama elástica junto com a amiga, então ela me vê e começa a dar tchaus e não para.
- Qual a tua? - Um homem chega ao meu lado e pergunta.
- Aquela doidinha que não para de acenar pra cá. - falo repetindo o gesto da minha filha. - E a sua? -
- A que tá do lado da sua doidinha. - Ele ri.
- Então você é o pai da Isa. - me viro pra ele.
- Eduardo Vargas. - Ele me oferece a mão.
- S/n s/s. - O cumprimento.
- Parente do Gui ou da Gabi? - Ele puxa conversa.
- Madrinha do Guilherme. - Ele me olha confuso. - Da criança, eu sou amiga de longa data do Guilherme pai. -
- Ah sim. - Ele vira pras meninas que saiam do brinquedo.
- Papa, a Eva pode ir brincar comigo em casa? - Isa pergunta.
- Claro, mi amor. Se a mãe dela deixar podemos marcar um dia. - Ele me olha enquanto pega a filha no colo.
- Sabia que minha mamãe faz isso? - Eva aponta pras tatuagens de Eduardo.
- Não sabia, pequeña. - Ele diz.
- Os desenhos do tio Gui foi ela que fez. - ela fala se vangloriando. Menininha fofoqueira.
- Então eu quero marcar uma seção também. - Ele sorri.
- Minha mamãe faz, né mãe? - ela agarra meu pescoço.
- Faço sim, Eva. - digo a olhando.
Voltamos para nossa mesa e em pouco tempo as meninas estavam correndo juntas novamente. Depois de muita tentativa, consegui sentar as duas e fazer elas comerem alguma coisa, logo o Eduardo se junta a nós e ficamos conversando sobre as crianças.
- Cuidado que esse ai já tem três em. - Guilherme chega perto da nossa mesa.
- Não fode, Arana. - Vargas diz.
- Mas vocês fariam uma família bonita. - Ele senta à mesa também. - Aproveita que ele tá solteiro, prima. -
- Tu é insuportável, sabia? - Falo pegando a criança que estava em seus braços.
- Mas eu tô falando sério. - Ele ri. - Casamentos fracassados, vontade de ter muitos filhos e tatuagens. Vocês combinam muito. - Guilherme continua.
- Parece que eu tô desesperada. - resmungo.
- Você não tá, mas eu não aguento mais você no meu pé. - Ele rebate.
- Eu sou madrinha do teu filho, imbecil. - digo.
- Vocês cresceram juntos? - Eduardo se mete.
- Infelizmente. - dizemos juntos.
- Ela é minha melhor amiga desde o colégio. - Gui diz.
- Ele morava do lado da minha casa, enchia o meu saco todos os dias. - falo.
- Tá explicado os xingamentos. - ele ri.
Ficamos naquela conversa amistosa até Gabriela chamar os Guilhermes para tirar fotos.
- É muito errado perguntar sobre o pai de Eva? - Eduardo pergunta acanhado.
- Ele me deixou quando eu estava com 8 meses, foi morar na Bahia com a namorada dele. - falo comendo meu algodão doce.
- Desculpa. - Ele abaixa a cabeça.
- Tudo bem. - sorrio. -- Amiga, que tal tu vim ficar um pouquinho com teu afilhado? - Gabi fala no telefone. - Ele tá com saudade. -
- Quer sair né rapariga? - digo. - Mais tarde eu chego por aí, vou levar Eva e vocês saem. -
- Eu te amo, tá? - ela diz.
- Faça a feira que eu quero comer. - desligo.
Ótimo, mudança de planos. Aviso a babá de Eva pra deixar ela pronta e meu último cliente chega.
- Oi tio. - Eva corre pra dentro da casa quando Arana abre a porta.
- E aí cara de cu? - cumprimento meu amigo.
- Mamadeira tu sabe onde tem, tem pudim na geladeira e macarrão no forno. Se quiser fazer outra coisa fique a vontade, não chegamos hoje mas espera a gente que a babá não vem amanhã. Esqueci de alguma coisa? - Gabriela diz.
- Vargas vem aí. - Guilherme anuncia.
- Porque? - pergunto.
- Eu convidei. - Ele diz simples. - Mas ele não sabe que a gente não vai estar, disse pra vim com os filhos dele. É bom que vocês ficam mais próximos. -
- Tu tá querendo me jogar pro cara mesmo né? - faço cara feia.
- Sim. - Ele sorri e se despede do filho.
Agora eu vou ter que fazer sala pra gringo e cia. Guilherme vai me pagar legal!Ok. Hora de pagar minha língua! Os filhos do Eduardo são uns amores e ele também. As crianças estavam brincando como se fossem amigas há séculos. Elas não aguentaram e captaram no tapete da sala, então aproveitamos o silêncio pra comer. Vargas arrumou a mesa enquanto eu esquentava a comida.
- As crianças já se amam. - digo colocando a panela da mesa.
- Temos que marcar mais encontros desses, nunca vi a Anto e o Ben sorriem tanto. - Ele senta.
- Eles pareciam ter todos a mesma idade, inclusive o Gui. - sorrio.
- Me conta mais sobre tua vida? - Ele pergunta.
Contei sobre minha história com o Guilherme, meu começo com as tatuagens e Eva. Ele contou sobre a ex, os filhos, o Chile e sua vida antes do Atlético.
- Mas não faz sentido ela trocar por um mais bonito. - coloco o garfo na boca. - Não tem como. -
- Por que não? - Ele tenta segurar o riso.
- Porque tu é bonito pra caralho, super atraente, não tem essa de tá ficando velho. Muitas queriam te ter do lado e apresentar como meu namorado. -
- Meu namorado. - Ele repete. - Gostei de ouvir isso da tua boca. Estás entre essas mulheres que me queriam do lado? - pergunta.
- Bem.. - começo a ficar com vergonha do que falei e tenho certeza que estou vermelha. - Você é um homem muito.. -
- Gostoso? Sexy? - sugere.
- Não querendo aumentar mais o seu ego. - sorrio. - Mas sim, todos esses adjetivos. -
- Você também. - Ele fala rápido.
- Porque a gente parece dois adolescentes? - Falo enquanto gargalho.
- Eu nunca me senti tão nervoso conversando com uma mulher. - Ele confessa.
Ficamos ali flertando inocentemente e depois do jantar, arrumamos a mesa e ele me ajudou a lavar os pratos. Realmente, estávamos como dois adolescentes, rindo de piadas bobas e gafes cometidas. Em um certo momento, ele me prensou na pia e nos beijamos. QUE BEIJO. O gringo tem pegada meus amigos.
Já era madrugada quando desgrudamos e eu o ajudei a colocar as crianças no carro.
- A gente tem que marcar essa tatuagem, eu vou fechar meu corpo todo contigo. - sorrimos.
- Eu te dou um descontinho. - pisco pra ele.
- Eu preciso te levar em um encontro de verdade. - ele me encosta no carro.
- Agora você tem meu número. - selo nossos lábios.
- Eu disse que daria certo. - Guilherme grita no meio da rua e recebe um tapa da mulher.
- Esse cara é uma piada. - Eu sussurro e Vargas ri.
- Quando as crianças tiverem com a mãe eu te chamo pra gente jantar. - Ele chega perto do meu ouvido. - E terminar o que começamos no sofá. -
- Eu vou cobrar. - sussurro de volta.
- Tan dan dandan, tan dan dandan. - Guilherme canta aquela musiquinha de noiva quando entra na igreja.
- Cheio de graça você né? - viro pra ele. - Patati e Patatá mandaram lembranças. -⚡
🖤 Pedido feito por renatinhaavargas🖤 Espero que tenha gostado. Não esqueçam de votar e até o próximo!
-S.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Imagines || Jogadores
FanfictionTudo fruto da minha imaginação. -S. #1 - Jogadores (05/11/21) #1 - oneshots (21/12/21) (04/02/22) ♤ Plágio é crime ♤