Luís Fernando - Atlético-MG

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- Eu não acredito. - falo pausadamente assim que entro no meu quarto.

- Amor, eu posso explicar. - Luís dá um pulo da cama.

- Não é nada disso do que tu tá pensando. - Karoline, minha melhor amiga da escola esconde seu corpo com o meu lençol.

- A não? Então me digam, se não é o que eu tô pensando o que o meu noivo e a madrinha do meu filho estão fazendo na minha cama nus? - Pego um jarro em cima da prateleira perto de mim . - Vamo, me digam. -

- Meu amor. - Luís corre até mim do jeito que estava, como veio ao mundo.

- Não, Luís, não toca em mim. - Jogo o jarro em sua direção, o jogador esquiva e me olha assustado. Pego mais um jarro e aponto pra cama.

- Amiga, por favor. - Karoline estende as mãos na frente do rosto.

- Cala a boca. - Grito com ela.

- Minha vida, por favor. Vamos conversar. - Luís tenta pegar o jarro da minha mão. Eu seguro com força e não solto.

- Conversar? O que tu quer conversar, me diz. - O fuzilo com os olhos.

- Me perdoa eu.. - Ele tenta.

- Tu tava na cama com minha melhor amiga, madrinha do nosso filho. - Lágrimas brotam nos meus olhos, mas sou forte e não vou chorar, pelo menos não agora.

- Eu sei, mas.. - Abaixa a cabeça.

- Mas o caralho. Nada do que você disser vai mudar isso. Acabou. - Interrompo ele, jogo o jarro na parede e saio do quarto.

- Não S/n, pelo amor de Deus. Por todo amor que você tem pelo nosso filho. - Luís vem atrás de mim depois de alguns segundos, agora vestido.

- Exatamente pelo meu filho que eu tô fazendo isso. Ele é meu filho. - Grito no meio da sala, passando a mão na barriga. Por um momento tinha esquecido que essa raiva só vai fazer mal ao meu bebê.

- Claro que não, ele é meu também. - O homem me olha nervoso.

- Foda-se, meu querido. Tinha pensado nisso antes de ir pra cama com aquela filha da puta. - Aponto pra porta do quarto.

- Isso não vai ficar assim. - Ele grita comigo.

- Claro que não. Nós acabamos aqui. - Falo no mesmo tom.

- S/n. - Vem atrás de mim.

- Eu vou mandar alguém pegar minhas coisas aqui. Ou melhor, deixa ai. Ela vai adorar usar. -

¤

- S/n? - Ouço a voz que tinha jurado não ouvir nunca mais. Luís tinha sido emprestado ao grêmio e agora estava perto de mim novamente. O Aldemir tinha me dito isso, mas eu custei acreditar, e agora ele estava na minha frente.

- Luís. - Nem escondi meu nojo.

- Quanto tempo, tu tá linda. - Ele sorri me olhando de cima a baixo.

- Obrigado. - Sorrio sem mostrar os dentes. Henrique abraça minhas pernas. Ele é a cópia do pai, qualquer homem estranho que chegasse perto de mim, meu pequeno já colava em mim e fazia sua pior cara.

- Esse é o nosso filho? - Ele olha sorridente pro menino em minhas pernas. Rique me olha como se perguntasse se podia bater no homem.

- Não. Esse é o meu filho, meu e do meu marido. - Digo enquanto pego a criança nos braços.

- Marido? Tu casou? - Me olha surpreso.

- Eu acho que você já se respondeu. - Sorrio olhando em volta, como que ninguém vem me socorrer uma hora dessas?

Imagines || JogadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora