☆ Raphael Veiga - Palmeiras ☆

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- O quê? - Raphael estava parado na minha frente.

- Acabaram as calcinhas? - Olha pra dentro do meu vestido. Muito calor pra usar qualquer outra coisa que não fosse o meu vestido mais solto possível.

- Não, ue. - Volto minha atenção para meu celular.

- E porque tu tá sem? - Continua focado no meio das minhas pernas.

- Porque eu quero? - Mudo minha posição, abrindo ainda mais as pernas. - Quer tirar uma foto não? -

- Não. - Se deita em cima de mim. - A gente pode ir pra cama? -

- São cinco da tarde. - Murmuro. - E a gente acabou de levantar. -

- Esse sofá é pequeno pra nós dois. - Reclama contra meu peito.

- Tu adora ficar colado em mim. - Começo a fazer um cafuné nele. - Não sei porque tá reclamando. -

- Por mim, ficava grudado em vocês. - Passa a mão na minha barriga de quatro meses.

- Então pare de falar do sofá. - Trocamos de posição, ficando numa conchinha. - A gente podia ir no shopping, né? -

- Fazer? -

- Sei lá. - Viro pra ele. - Eu preciso andar. -

- Uma caminhada no condomínio não serve? - Ajeita meu cabelo e eu balanço a cabeça negando. - Só serve se for no shopping? -

- Eu quero comprar umas coisinhas pro bebê. - Confesso.

- Tá explicado. - Sorri. - Vamo se arrumar. -

Raphael levanta e me oferece a mão, a barriga não estava grande mas a minha coluna já me matava.

- Amor. - Levanto um macacãozinho de dinossauro. - Olha isso. -

- Pega três. - Todo mundo me perguntava quem estava mais ansioso com a chegada do bebê e riam quando eu dizia que era o Veiga. - E esse aqui? -

- Não gostei. - Ele faz careta. - Aí, Raphael, leva. -

- Essa é a primeira loja, tem uma que tem umas roupinhas mais bonitas. - Murmura enquanto andamos até o caixa. - A gente vai lá depois. -

- Não dá pra arrumar uma cadeira de rodas, não? - Deito no seu braço.

- Já cansou, grávida? - Brinca. - Não era tu que queria andar? -

- Desisti. - Entramos na fila com o carrinho e meu noivo veio pra trás de mim. - Aquelas meninas tão olhando pra ti. -

- Fãs, amor. - Beija minha bochecha. - Deixa disso. -

- Quem te mordeu? - Sento com a bandeja na frente do homem.

- Ele tava te dando mole. - Fala de cara fechada ainda encarando o moço que me atendeu.

- Ih, Raphael. - Olho pra trás. - Eu sou uma senhora grávida e casada, mais respeito. -

- Eu tô sendo respeitoso com você, ele que não tá. - Olha pro meu prato. - Me dá um. -

- Amor, tu disse que não queria. - Faço bico e ele olha com uma carinha de pidão. - Só um. -

- A batatinha. -

- Se meu filho nascer com cara de batata a culpa é sua. - Murmuro levando meu garfo cheio de batata fritas até sua boca.

- Minha filha não vai nascer com cara de batata por que eu vou comprar uma fazenda cheia de batata pra minha mulher comer. - Fala depois que mastiga. - Ele não para de olhar pra cá, agora tá cuchichando com o amigo, olha lá. -

- Raphael. -

- Eu não tô falando nada demais. - Dá com os ombros. - Apenas avisando. -

- Olha pra mim. - Vira o rosto contra sua vontade. - Foca aqui, nós dois. Não nos outros, em nós. -

- Tá, tá, tá. - Revira os olhos. - Mas eu fico puto quando te olham assim, como um pedaço de carne. Porra, minha mulher é incrível, super inteligente e esses pau no cu ficam te comendo com os olhos. -

- Amor, isso que é ser mulher. - Aliso sua barba. - Paciência, a gente não pode fazer muita coisa. -

- Eu posso ir bater neles. -

- Você vai ficar sentadinho aí. - Aviso. - Tome mais umas batatinha pra você se acalmar. -

- Eu sei que tá todo mundo ansioso. - Alana, minha melhor amiga, madrinha do meu bebê e organizadora do meu chá revelação começou a falar. - Então vamos começar. -

Pedi uma cadeira porque já fazia mais de horas que estava em pé e a mami tá com os pés inchados, não pode ficar esse tempo todinho assim não.

- Olá, mamãe, papai e familiares. - Uma voz de um menininho soa nos altos falantes. - Hoje eu vim contar pra vocês a história dos meus papais. -

Muitos já estavam comemorando que era um menino, mas no fundo eu sabia que Alana não entregaria o jogo tão fácil assim, coisa tinha.

- Meu papai conheceu a mamãe no teatro, ela estava fazendo o que mais gosta de fazer, depois de falar com a barriga, claro. - Risos. - Segundo o papai, foi amor à primeira vista, ele se apaixonou tão rápido quanto a mamãe. - O Raphael me olha com uma carinha de culpado. - Em menos de três meses, ele pediu ela em casamento. Algumas pessoas disseram que era loucura, que mal se conheciam, eram muito jovens, mas o amor deles foi mais forte e cinco anos depois, aqui estamos nós, juntos com o Kai, a Pandora e o Rauê. - Meu coração parecia que ia sair pela boca, eu não aguentava mais de ansiedade. - E me foi dada a missão de contar que sim, eu sou o Gael, mas essa história não é sobre mim e sim sobre minha irmãzinha que está aí na barriga da minha mamãe. -

Nossos três cachorros entram no salão correndo em nossa direção com bolas rosas penduradas nas coleiras, fogos e confetes rosa brilham no ar.

Eva estava a caminho.

Totalmente influenciada pelo chá revelação do Chris e da Zoo, mas só me liguei depois que escolhi os mesmos nomes que eles.
Pedidos de posturada_ e fanficflamengo
-S.

Imagines || JogadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora