Douglas Luiz - Aston Villa

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( Em um mundo hipotético onde a COVID-19 não existe)

- Gabi, tu tem certeza que é por aqui? - pergunto a minha amiga. Estávamos no estádio onde os meninos iriam jogar amanhã, como o treino era aberto, decidimos levar as crianças ao estádio e fazer uma surpresa para os pais, só que claramente estamos perdidas.

- Eu tenho certeza que é por aqui. - ela fala ajeitando Levi em seu colo. A criança andou tanto que desistiu.

- Eu vou ligar pro Douglas. - paro colocando o Lucca no chão.

- Nãoo. - ela corre até mim. - É surpresa, lembra? -

- Só que a gente tá perdida. - digo discando o número do meu noivo. - Vamos acabar perdendo o treino inteiro. -

- Amiga, por favorrrr. - ela pega o telefone da minha mão. - Eu tenho certeza que é aqui, vem. -

- Gabi, eu juro que se eu andar mais um pouquinho tu vai me carregar. - ameaço.

- Eu sou uma ótima guia. - ela diz assim que saímos do infinito túnel e vemos o gramado.

- Já começou, tá vendo. - reclamo subindo as escadas. - Nunca mais eu caio nesse teu papo de "eu sei chegar, não precisamos de guia" enquanto a gente tiver no Japão. -

- Deixa de ser chata, deu certo. - ela senta na arquibancada. - Olha filho, o papai. -

- Vocês não tinham chegado a meia hora atrás? - Rosi aparece e senta do nosso lado.

- Quarenta minutos. - a corrijo. - A bonita ai disse que sabia chegar aqui, só que advinha: ela não sabe. -

- Agora eu sei. - Gabi diz sem se importar.

- Como tá esse bebezinho? - ela segura a mão do Lucca. Ele era o mais novo das três crianças ali, tinha acabado de completar um ano e estava em sua primeira viagem.

- Amou essa caminhada, né filho? - Falo sorrindo. - Tá todo dengoso porque não dormiu com o pai. -

- Estão os dois. Lorenzo só se acalmou quando Antony fez uma chamada de vídeo. - ela ajeita a criança em seu colo.

- Você carrega nove meses pro menino preferir o pai, foda né. - Gabi entra na conversa. - Ainda bem que meu pitoco prefere a mamãe né, filho? - ela faz cosquinha no Levi.

- Isso é sinal que o próximo vai ser grudado no Cunha e tu vai sofrer. - digo rindo.

- Isso aí. - Rosi concorda.

- Vocês tão é jogando praga pra mim. - Ela faz cara feia. - Outro filho só daqui a 100 anos. -

- Aí amiga, relaxa. - bato em seu ombro. - Pelo menos faz companhia ao feijão. - passo a mão na minha barriga de três meses.

- Vocês ainda não decidiram o nome? - Rosi levanta, colocando o filho em cima da grade.

- A gente não sabe nem o sexo ainda. O Chá só vai rolar quando voltarmos para casa. - repito sua ação.

- Eu acho que é um menino de novo. - Gabi diz.

- Não é. - Rosi e eu falamos juntas. - Vai ser uma menininha pra botar ordem nesses meninos. - ela brinca com meu filho.

- O Douglas quer uma menina também. - sorrio vendo meu marido concentrado em seus passes. - A família inteira acha que é um menino, mas ele tem certeza que é uma garota. -

- Ele acertou o primeiro? - Gabi se junta a nós.

- A gente tava separado quando eu descobri. Cheguei em Birmingham já com o exame na cara dele. - sorrio ao lembrar do momento.

- Vocês podem entrar, se quiserem. - Um segurança da seleção avisa e a grade é aberta para nós.

- Papai. - Lorenzo pula dos braços de sua mãe e corre pelo gramado, atraindo a atenção de todos.

- Eiii. - Douglas chega perto de mim. - Que surpresa boa. - sela nossos lábios.

- Papa. - Lucca balbucia a única palavra que ele diz desde que chegamos.

- Que saudade, meu filho. - Douglas o pega os braços.

Douglas on

Pego meu menino em meus braços. Era a primeira vez desde que Lucca nasceu que eu não dormia com a minha família, se estava sendo ruim pra mim, imagina pro meu pequeno.

- E ai? - S/n me olha.

- Vou ser titular amanhã. - ela abre um sorriso. - Isso é um sonho, amor. -

- Sim, meu bem. Nosso sonho. - ela me abraça. - Eu te amo tanto. -

- Eu também, princesa. - beijo o topo da sua cabeça. - Porque não me disse que ia vim? -

- A Gabi disse que era surpresa. - ela revira os olhos. - Acredita que a gente passou mais de quarenta minutos rodando esse estádio porque ela disse que sabia chegar aqui e não sabia? - diz irritada.

- Mas que bom que deu certo e vocês estão aqui. - beijo meu filho. - Vamo jogar, papai? - Ele se anima em meus braços.

Passei quase meia hora brincando com meu bebê no gramado, ficava bobo cada vez que ele chutava a bola. Como pode, essa criança nasceu um dia desses e já tá assim? 

S/n olhava orgulhosa para nós e parecia que tirava fotos nossas. Eu sei que fiz muita merda com ela mas caralho, só de tê-la ao meu lado hoje, ter meu filho comigo eu me sinto o homem mais sortudo do universo inteirinho.

- Douglas, mais dez e vestiário. - o professor grita.

Sentei no chão e o Lucca se jogou em cima de mim enquanto a s/n se aproxima e senta do nosso lado.

- Tirei fotos lindas de vocês. - diz ajeitando a blusa da criança.

- Cadê? - Ela me dá o celular e meus olhos lacrimejam.

- Ai meu Deus, que homem sensível. - ela me abraça de lado. - Amor, não chora. -

- Eu tenho uma família incrível, sabia? - Falo sorrindo enquanto Lucca limpa minhas lágrimas. - Eu amo vocês. -

A foto:

(Eu amo essa foto do Rodrigo🥰)

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Pedido de VivianeSantos155

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