Rafael Alcântara -

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- S/n S/n. - Meu pai me mostra uma mulher de vestido preto brilhante. - Filha do principal investidor. -

- Bonita. - ele concorda.

- Ela tá solteira. - ele diz. - A filha mais velha do Carlos, daqui a alguns anos assume a empresa. -

- E vai continuar com a gente? - vejo que ela nos olha.

- Tudo indica que sim. - ele bebe o champanhe e ela chega junto da gente.

- Seu Mazinho. - ela sorri.

- S/n. - eles se abraçam. - Meu filho, Rafael. -

- Ah sim. - ela me oferece a mão e eu aperto sorrindo. - Ele fala muito de você. -

- Espero que bem. - faço careta.

- Geralmente envolve seu drama de solteiro, as vezes sinto uma leve indireta da parte dele. - ela fala como se fosse piada. Mas eu sabia que não era, meu pai não sossega enquanto não me casa.

- Ele é assim mesmo. - sorrio.

- Vou deixar vocês conversando ai. - Meu pai pisca pra mim e sai.

- Ele é um amor. - ela diz.

- Quando não tá tentando me arrumar uma esposa, realmente. - confesso.

- O único motivo do S/s Palace não estar no meu nome. - ela confessa.

- Solteira também? - me faço de desentendido.

- Eu diria encalhada. - ela faz careta. - Solteira virou elogio já. -

- Eu poderia dizer o mesmo. - gargalho.

Seis meses depois

- Eu fico muito feliz de sentar nessa cadeira. - A mulher diz. Hoje era a reunião que concretiza S/n na presidência da empresa do seu pai e ela me convidou para estar lá. - Por mais que eu seja a filha do dono, lutei muito pra ter a excelência que meu pai teve durante toda vida e sinto que estou pronta pra esse desafio. - Ela sorri. - Muito obrigado por todos os votos, espero que consigamos dar continuidade ao que meu pai fez e faz aqui na nossa empresa. -

- Tu foi ótima. - paro ao seu lado. - Mesmo que não tenha falado todo o discurso. -

- Eu fiquei nervosa. - ela assume. - A única mulher numa sala com mais de vinte homens?  Homens que me viram crescer? - ela faz careta.

- Ainda sim todos os olhares estavam em você. - Chego mais perto. - Inclusive os meus. -

- Ah é? - ela chega perigosamente perto da minha boca. - Bom saber, jogador. -

- Eu sei, presidenta. - ela sorri e sela nossos lábios.

- Eu sabia. - Ouço o pai dela e me afasto com vergonha.

- Senhor, eu.. - começo a falar e ambos me olham em reprovação. O mesmo olhar.

- Nunca tente se desculpar sobre uma coisa que você queria fazer. - S/n engrossa a voz e seu pai ri.

- Exatamente. - ele fecha a porta da sala. - Fico feliz em saber disso. Fazem um bom casal. -

- Pai, nós não somos um casal. - S/n começa a andar pela sala.

- Como não? - o pai fecha a cara. - Você anda beijando minha filha por aí sem ao menos ter a decência de pedir ela em namoro? -

- Pai, eu não tenho mais quinze anos. - S/n se intromete.

- Eu queria conversar com o senhor antes. - finalmente abro minha boca. - Eu ouvi histórias que o senhor colocou vários pra correr. Ela é sua única menina, eu preciso fazer certo. -

- Eu coloquei todos pra correr. - ela diz. - Ele só levou os créditos. - Olho pro mais velho e ele concorda. - Eu mando em tudo aqui e em casa. - ela pega a bolsa. - Nenhum entendeu isso. Ainda. -

- E é melhor você se acostumar. - Meu quase sogro me olha. - A mãe dela era do mesmo jeito. -

▪︎

- Posso fazer uma pergunta? - digo assim que sento em um banco da ilha da enorme cozinha.

- Fale. - ela diz sem olhar pra mim.

- Tu é a única mulher de quatro homens. Por que teu pai te escolheu? -

- Por isso. - ela vira pra mim. - Eu sou a pessoa que mais pareço com aquele velho no mundo inteiro. - Ela sorri. - Ele sabe que eu sou a única que cuidaria da empresa do mesmo jeito que ele. -

- Mas os teus irmãos não ficaram chateados? - questiono novamente.

- Obviamente. - ela dá com os ombros. - Mas eu fui a escolhida. Fui treinada desde nova, sou a única que tem formação na área e de verdade, a única que quer fazer isso. - ela prova a comida. - Os outros só ligam pro dinheiro. -

- E tu não? - a pergunta só sai e quando percebo já é tarde. - Desculpa  foi indelicado. -

- Tudo bem. - ela sorri e para na minha frente. - É claro que eu ligo pro dinheiro. Mas eu gosto de mandar, em homens principalmente. -

- Isso me inclui? - agarro sua cintura, a puxando pra mais perto.

- Depende. Eu deixo você escolher sua posição. - ela alisa meu rosto.

- Eu estou a sua disposição. - bato continência, arrancando uma boa gargalhada da minha namorada. - É sério, sou todo seu. -

- Então vamo comer, todo meu. - ela sela nossos lábios e me puxa.

Tudo que eu queria, ser herdeira.

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-S.

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