Yuri Alberto - Internacional

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- É assim então? - s/n me pergunta.
- Sim minha filha. - A olho sem paciência. - Não entendeu? Eu quero acabar. - Falo alto perto dela. - Terminar. Eu não aguento mais você. - grito na cara dela.
- Yuri, tu é um escroto do caralho. Quer saber? - ela grita de volta. - Vai tomar no cu. Eu quero que tu se foda. - ela ri, lembrando de algo. - Era isso que ela queria. Agora tudo faz sentido. - ela sorri desacreditada. - Yuri, tu não faz ideia da merda que tu tá fazendo. Mas muito obrigada, agora eu tenho mais do que certeza que teus amigos estavam certo. - não entendo. - Tu é um vendido. VENDIDO. - grita, me fazendo sentar na cama. - Não pode ver uma porra de um rabo de saia que quer se engraçar, mas tudo bem. Pode ter certeza que serei muito bem assistida pelos seus amiguinhos. - Eu rio, negando com a cabeça. - Você não acredita, meu amor? Pois trate de acreditar! Seus colegas de clube vão adorar saber que eu estou solteira. Já vejo as mensagens brotando no meu direct. - tira a aliança. - Seja feliz com a sua putinha, seu fudido do caralho. - ela pega sua mala e sai da nossa casa.
Essa foi a última vez que vi a s/n. Depois dela, engatei um novo relacionamento com a "putinha" que minha ex tanto chamava. Sim, eu trai ela com a Ananda, mas cara, nenhum homem resistiria a essa garota. Ela é perfeita! E minha ex estava certa até, a menina vira uma puta na cama, tem como ser melhor?
Claro que a s/n era boa, minha família a adorava e ela seria uma esposa perfeita. Mas ela era surtada! Eu não podia fazer nada que dormia no sofá, ficava sem sexo. Fora que ela era até bonitinha mas era meio estranha, sei lá.

Estávamos indo para uma balada com os caras do clube, comemorar a vitória do jogo de ontem. A Ananda passava seu gloss pela milésima vez desde que entramos no carro.
- Não fez diferença nenhuma. - digo olhando o trânsito.
- An? - ela me olha.
- O batom. - a olho. - Tá igual. -
- Eu sei, amorzinho. - ela se vira.
- E porque tá passando de novo? - pergunto.
- Porque eu quero. - ela se olha no espelho. - Vai que eu beijo alguém lá. -
- Oi? - Olho incrédulo.
- Tô brincando, amorzinho. - ela me dá um beijo na bochecha e eu limpo, não quero ficar todo babado.
Chegamos na balada e subimos logo para o camarote. Estávamos todos bebendo e nos divertindo quando escuto gritinhos das esposas dos caras.
- S/n que saudade!!! - Lívia fala. - Eu nem acredito que tu veio. -
- Eu tive que obrigar ela. - Andreia diz.
- Me prometeram esquecer o trabalho. - ouço aquela voz e me arrepio. Viro em sua direção e tenho um susto. Ela estava um espetáculo.
Estava com um vestido preto brilhoso que destacava bem seus seios, ele era bem colado no seu corpo e mostrava todas suas curvas. Quando ela ficou tão gostosa assim?
- Amor, o que tu acha dessa foto? - Ananda empurra o celular na minha cara.
- Bonita. - Nem presto atenção na foto e volto a ouvir a conversa.
- Eu quero dançar!! - a s/n fala. - Oi gente! - cumprimenta as pessoas no camarote até chegar em mim e na Ananda.
- Oi linda. - Ananda tenta se aproximar e s/n a empurra. - Abusada. - ela volta e fica na minha frente.
- Ela tem uma carinha de fútil, Yuri. De todas, não achei que fosse escolher a mais estúpida. - s/n fala parando na nossa frente.
- S/n. - A cumprimento com uma cara nada agradável.
- Essa é a Amanda? - ela me pergunta.
- Meu nome é Ananda, querida. - A loira se mete.
- Não perguntei, querida. - minha ex noiva debocha. - Que decadência, Yuri. - ela sorri vitoriosa, filha da puta.
Ela sai do nosso campo de visão e Ananda me enche de pergunta, apenas digo que ela era minha ex e me viro pra olhar a pista. Vejo uma rodinha sendo formada enquanto o funk tocava alto, reconheço as mulheres na pista. No meio delas, s/n dançava solta.
... Eu não nasci pra namorar
Foi até bom noís terminar
Pra putaria eu vou voltar
E suas amigas vou pegar.
Ela canta essa parte apontando pra mim. As meninas ao seu lado gritavam e riam fazendo uma mímica, dizendo que eu me fudi.
E sim, eu me fudi legal. Depois de 3 meses caiu a minha ficha, aquela mulher era a mulher da minha vida. Ananda até tentou chegar perto de mim, segurou meu rosto pra me beijar mas eu não conseguia tirar os olhos dela. Ela estava radiante, sorria grande enquanto dançava com as meninas. Depois de um tempo, uns caras do time desceram para dançar com suas esposas e Guerrero logo agarra quem era pra estar do meu lado.
Seus corpos estavam colados, sua mão estava na bunda dela e ela sussurrava alguma coisa no ouvido dele.
Num piscar de olhos, eles estavam se engolindo e eu com náuseas. Como eu pude ser tão burro? Era pra ser eu no lugar dele.
Ela trocou de lado e agora olhava em direção ao camarote, quando me viu, sorriu e deu uma piscadinha.
Eu sou um idiota e ela sabia disso.


Espero que tenham gostado, não esqueçam de votar. Até o próximo.
-S.

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