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— Então. — Dá uma pausa. — Eu li um conto uma vez que o nome era "Mulher de terno". Essa mulher, pegou a namorada, algemou ela numa barra de ferro que tinha na parede do quarto, e chupou ela até ela gozar. — Revela. — Desde esse dia, eu meio que tenho vontade de que alguém faça isso comigo. — Enquanto explicava, via nitidamente a vontade em seu rosto e a imaginação a levando para longe. — Enfim, isso não vai acontecer.

— Primeiro, eu quero que você me envie o link desse conto, imediatamente. — Brinco com ela, que ri como se eu estivesse contado a melhor piada do século. — E segundo. Por que você acha que não vai acontecer?

— Cheguei. — Somos interrompidas pela Indie, que entra quase correndo.

— Calma, irmã. — Dou um abraço apertado nela. — Eu estou achando que essa festa vai ser o seu maior desafio.

— Sério? — A Mari fica sem entender. — Por quê?

— É que, quando se trata de algo sexual, ela tem um tabu fortíssimo. — Rio ao vê-la já envergonhada.

— Não se preocupe. Apesar de qualquer coisa, eu sou muito profissional e vou organizar sua festa do jeitinho que você preferir.

— Relaxa um pouco. — Mari a tranquiliza. — Isso não precisa ser uma reunião formal e chata. Pode ser apenas um bate papo tranquilo entre colegas.

— Desculpa. — Vejo a expressão no rosto dela ficar mais suave, enquanto ela solta todo o ar do seu pulmão. — É o costume.

— Eu trouxe um bolinho para você. — Pego a sacola que coloquei dentro da mochila.

— O bolinho da tia Regina? — Deixa escapar um um sorriso tão grande que quase não cabe no rosto. — Eu te amo. — Diz ao pegar o bolinho e dá uma mordida.

— Eu espero que esteja falando comigo e não com o bolinho.

Rimos e voltamos a falar sobre a festa. Durante toda a reunião, falamos sobre os strippers, trufas e cupcakes em formato de genitálias e brincadeiras eróticas, tipo, ver quem consegue colocar a camisinha num pau de borracha com a boca em menos tempo, que foram sugeridas pelas amigas da Mari.
Eu não consegui parar de rir das expressões de espanto da Indie, que ficava cada vez mais envergonhada.

— Bom... É isso. — A Mari se levanta — Agora tenho que ir pra ajeitar as últimas coisas para o casamento. — Abre a bolsa como se estivesse lembrado de algo. — O convite de vocês para o meu casamento. Vou adorar ver vocês lá.

— Obrigada. — A Indie agradece gentilmente, pegamos os convites e a Mari segue em direção ao carro dela.

Eu sei que não vou ao casamento e poderia contar a ela, mas, não quero falar o motivo.
Espero que a minha presença na despedida seja o suficiente.

— Preciso te contar algo que aconteceu ontem — A Indie chama minha atenção. Ela sempre me fala quando algo interessante acontece. — Vamos para sua casa. Eu não vi seu carro aí na frente, falando nisso.

— Eu vim com a Mari. Ela foi me buscar por que esqueceu o celular aqui. —  Explico.

Fomos pra casa logo após passar em um mercado pra comprar algumas coisas. A Indie sempre insiste em cozinhar algo quando vem aqui em casa.

Me derreto com o cheiro da panqueca que já está no forno.

— Então... Fala o que aconteceu. — Chamo a atenção dela que vem sentar ao meu lado no sofá.

— Sabe o dono da gravadora Smither's? Acho que ele pegou o meu contato com Michael Santiago, o cantor. — Explica. — Recebi uma mensagem dele, me elogiando e dizendo que não parou de me admirar um segundo sequer na festa.

— Indie. — Me empolgo. — Ele é muito gato. Você respondeu?

— Sim, ele é lindo mesmo, só que eu fiquei com vergonha e ainda não respondi. — Me olha como se já soubesse o que vou falar.

— Pega o celular. Se você gostou dele, não vai deixar a oportunidade passar por causa da timidez.

— Mas, eu nem sei o que dizer.

— Ele te elogiou. Você só tem que agradecer. —Rio e ela parece nervosa. — Apenas isso.

Desde que eu a conheço, ela é tímida demais. O que é engraçado, já que os pais dela sempre foram as pessoas mais liberais que eu já conheci.

— AS PANQUECAS. — Grita e sai correndo até o forno. Servimos nossa janta e voltamos a falar das mensagens.

Ela simplesmente agradeceu como se estivesse agradecendo um elogio formal sobre trabalho. Tentei convencê-la a enviar um emoji para parecer mais receptiva.

— Ah, não acredito. — Levanta espantada. — Ele quer me ligar. E agora, o que eu faço?

— Se você tá interessada. Por quê não?

— Eu não sei o que vou falar. Você sabe que fico com vergonha e me atrapalho toda.

— Mas, você sabe que uma hora você tem que perder esse medo de falar com as pessoas. — Aconselho. — Liga para ele ou fala que ele pode te ligar.

— Deixa eu beber uma água primeiro. — Segue em direção a geladeira tremendo levemente.

Indie se acalma e finalmente decide ligar, depois de alguns minutos andando pela sala e ensaiando possíveis conversas.
Vou até o quarto terminar de comer para lhe dá privacidade.
Espero vinte minutos depois de terminar a janta para tomar um banho e finalmente relaxar na minha cama.

Tiro a roupa e vou até o banheiro. Ligo o chuveiro e meu corpo amolece com o contato da água quente na pele.
Fecho os olhos e passeio as mãos sobre o meu corpo. A sensação do calor e do toque é indescritível. Pego meu vibrador no armário do banheiro e volto ao chuveiro.
Ligo o vibrador e começo a passar na parte interna das coxas, subindo até chegar onde eu realmente desejo que ele fique. Está tão quente, devido a temperatura da água que parece ser alguém.

— Ah. — Solto um suspiro forte quando coloco ele dentro e aumento a velocidade.

Encosto na parede do banheiro e continuo movimentando o vibrador pra dentro e pra fora. Fecho os olhos e com a outra mão começo a estimular o clitóris, que está quase em combustão.

É divino!
Se masturbar embaixo do chuveiro com a água quente caindo na pele enquanto mete um vibrador com alta velocidade e estimula o clitóris que está sendo diretamente molhado com a água quente.

É um conjunto de sensações que fazem você chegar ao ápice tão rápido que você nem acredita.
Sindo minhas pernas tremeram enquanto parece que todo o meu sangue é bombeado para o meio delas.

AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora