19

931 46 5
                                    

Acordo às nove da manhã e não vejo o Noah na cama.

Vou até o banheiro e tomo um banho, rápido, visto uma roupa simples e saio do quarto, dando de cara com ele na sala, mexendo no notebook.

— Bom dia. — Chamo sua atenção. — Está acordado a muito tempo?

— Bom dia. — Levanta e vem até mim, depositando um beijo em meus lábios. — Eu preparei um café para você.

— Sério?! — Fico mais surpresa com o beijinho de bom dia do que com o café.

Tento falar para mim mesma que não tem sentido, já que fizemos outras coisas além disso. Mas, por outro lado, um beijo de bom dia pode significar bastante coisa pra algumas pessoas e eu tenho medo do Noah se apegar durante esse tempo.

— Você não gostou? — Se preocupa. — Me desculpa. Deveria ter te perguntado.

— Calma... Eu gostei sim. Não se preocupe com isso, pode ficar a vontade aqui. — Rio e vou até a cozinha.

— Estava te esperando pra tomarmos café juntos... Daí, enquanto você não acordava, eu fui trabalhar um pouco. — Aponta para o aparelho.

— Eu tenho uma reunião às onze. Você vai ficar aqui? — Questiono.

— Eu posso trabalhar de qualquer lugar, então é você que responde essa pergunta. — Reviro os olhos. — Posso ficar aqui?

— Claro. — Rio. — É uma reunião rápida. Eu volto logo.

Sentamos à mesa e começamos a tomar café.
Noah continua o trabalho e vez ou outra me pego olhando cada detalhe dele, lembrando de algumas horas atrás.

Nos encaramos intensamente enquanto nos tocávamos. Sua mão grande movimentando devagar enquanto a outra vinha até meu rosto e acariciava meus lábios com o polegar. E esse foi um dos meus pontos fracos naquela hora.
Abri a boca e passei a língua em seu dedo, fazendo ele gemer e acelerar o movimento.
Nossas mãos estavam em ritmos iguais, sempre acelerando quando nos beijamos ou tocávamos um no outro, minha respiração falhava quando o via morder os lábios, apertar o travesseiro ou franzir a testa. E isso foi o que acabou comigo.
Essas reações, esses movimentos, essa maldita expressão que eu costumo chamar de "cara de mau", que estampa seu rosto quando franze a testa.
Não aguentei e gozei, e assim que meus gemidos ficaram mais intensos, ouvi ele gemendo mais alto enquanto segurava minha mão e apertava.
Continuamos nos encarando e com os dedos entrelaçados.

— Está pensando em quê? — Me assusto e derramo um pouco de café na minha blusa.

— Droga. — Rio e levanto rápido.

— Me desculpa. Eu não quis te assustar. — Levanta junto comigo e tenta limpar com um guardanapo.

— Relaxa. — Tiro a blusa, num movimento rápido. — Estava só lembrando de umas coisas.

— Eu imaginei. — Ri. — Você estava fazendo aquilo. — Aponta para o rosto.

— Aquilo, o quê?

— Mordendo os lábios enquanto me olhava com a cara de tarada. — Brinca.

Rimos e vou limpar o café que caiu na mesa.

— Vem aqui. — Sento no balcão e o Noah encosta. — Eu estava pensando umas coisas... Durante essa semana que você vai ficar aqui, vou colocar alguém pra gerenciar a boate. Preciso de uma semana de folga.

— Eu não quero atrapalhar você. — O abraço pelo pescoço e lhe beijo.

— Relaxa. — Rio. — Já tenho alguém que confio para isso... Sempre que preciso sair, ela fica de olho.

AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora