29

536 36 4
                                    

Estaciono o carro e adentramos a boate.
O dia foi cheio e não consegui parar de pensar na mãe do Noah e na situação de ontem.

— O que houve? — A Indie chama minha atenção. — Está pensando na sogra ainda? — Brinca e eu rio.

— Para com isso. — Dou um tapinha em sua testa. — É que foi bem esquisito. E constrangedor.

— Vocês vão se conhecer melhor com o tempo. — Tenta me acalmar. — Pelo que você me falou, eles precisam ter um tempo a sós.

— Eu odeio que você está falando como se eu precisasse conhecer a família inteira do Noah. — Zombo. — Lembra que não tem nada disso.

...


A Indie combinou com o Kaique para se fantasiaram de piratas. Enquanto isso, eu me vesti de mulher gato, já que foi a melhor fantasia que achei na loja, mesmo que seja o maior clichê de todos.

Chamamos a Angel, que chegou cedo na festa, fantasiada de anjo. O que é uma pura ironia.
Olhei para ela e ri ao vê-la apontando a auréola na cabeça e sorrindo.

Depois de alguns minutos, Noah chega, junto com sua mãe e seu tio Michael.
Está com um terno preto e a camisa social vermelha, assim como a gravata.
Em seu rosto, a pintura de uma caveira, em preto e branco, complementando com seu cabelo para trás.

Seu olhar passeia sobre a boate, que já está movimentada já que não fechei para algo particular em si

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Seu olhar passeia sobre a boate, que já está movimentada já que não fechei para algo particular em si. Vamos curtir o aniversário dele em grupo em meio a boate lotada. Ele chamou dois colegas do colégio e o seu tio Michael chamou algumas pessoas.
Quando ele finalmente consegue me encontrar, sentada na banqueta do bar, se aproxima com um sorriso gigantesco no rosto.
Me olha de cima a baixo e sussurra um "uau", apenas para ele mesmo ouvir ou o som da boate não me deixou escutar, já que está bem alto.

— Oi. — Me cumprimenta com um beijo rápido. — Está tudo bem? — Grita para que eu possa ouvir sua voz em meio ao barulho.

— Claro. — Rio, sem jeito. — Eu só fiquei muito chocada, ontem.

— Imaginei que sim. — Brinca e ri. — Você está linda demais.

— Obrigada. — Agradeço, dando uma olhada em minha roupa. — Você também. Está magnífico.

— Minha mãe fez a maquiagem. —Explica e eu me surpreendo.

— Que talento. — Elogio. — Incrível. Só espero que saiba que não vou te beijar hoje. Me recuso a bagunçar essa obra de arte. — Brinco.

— Se for pra me beijar você pode bagunçar qualquer coisa. — Fala e no mesmo instante parece arrependido do que disse, ou apenas envergonhado.

Ficamos em silêncio por alguns segundos constrangedores e eu poderia jurar que seu rosto está vermelho, e não por causa da luz da boate.

AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora