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— Você achou que não iríamos descobri? — Ela grita.

— Primeiro, eu quero que você fale baixo, por quê vocês estão na minha casa. — Tento manter a calma enquanto meu sangue ferve por dentro.

— Você não me diz o que fazer. — Mantém o tom de voz alto. — Você acha que a gente precisa do seu dinheiro?

— Descobrimos que foi você que mandou aquele dinheiro sujo para a gente e pediu para dizer que tinha sido uma doação da vizinhança. — O meu pai explica.

— É disso que se trata? — Questiono, rindo. — Eu fiquei sabendo que você estava mal e quis ajudar, mas sabia que vocês não iriam aceitar o dinheiro e pedi para inventarem essa história.

— Não precisamos desse dinheiro que você consegue naquele lugar sujo. — Atena volta a falar.

Respiro fundo para não perder o pouco da paciência que me resta e olho para a Indie, que está parada ao lado do Kaíque.
Noah sai do quarto logo em seguida, sem entender o que está acontecendo.

— Sempre soube que vocês duas não prestavam. — Ela continua.

— Aqui sozinhas com dois homens. — Rômulo completa.

— Olha aqui. — Aponto o dedo. — Eu não vou aceitar que entrem na porra da minha casa para falarem mal da Ingrid. Querem falar mal de mim? Que falem. Querem passar na rua e fingir que eu não existo? Beleza. Agora, ter a ousadia de entrar na minha casa e abrir essa boca para falar qualquer coisa de uma das poucas pessoas que se importam comigo? Aí vocês estão indo longe demais.

— Não fale assim. — Rômulo toma a frente. — Nós somos seus pais.

— Não... Não são. — Retruco. — Vocês mesmo falaram que não tinham filhos. Lembram disso?

— Mas, colocamos você no mundo. Não pode falar com a gente desse jeito.

Rio.

— Vocês só podem estar de sacanagem. — Rio, totalmente incrédula.

— Você ficava todos os dia agarrada com essa daí... Não se desgrudavam nunca. Eu não duvido nada que vocês tenham feito besteira e que ela seja uma transviada igual você e o seu irmão.

— Olha aqui, sua desgraçada. — Avanço para cima dela, a deixando encurralada na parede. — Não ouse tocar no nome do meu irmão. Você não merece dizer o nome dele, você não merece nem pensar nele. Vocês são dois desgraçados que abandonaram ele quando ele mais precisou. Ele sofreu por muito tempo no hospital e vocês nem pisaram os pés naquele inferno, ele morreu e vocês nem fizeram questão de aparecer para jogar terra no caixão do filho que vocês tanto odiavam. Então, saiam da minha casa agora e voltem para o inferno que é a casa de vocês. Eu tenho certeza que vocês são os piores seres que já pisaram na face da terra e eu não quero que fiquem mais um minuto dentro da minha casa... Vieram devolver o dinheiro? Okay. — Pego o envelope em sua mão com brutalidade. — Agora saiam daqui e nunca mais apareçam na minha frente. — Soco a parede ao lado do seu rosto.

— Não. — Indie, Noah e Kaíque correm em minha direção e me seguram.

 — Indie, Noah e Kaíque correm em minha direção e me seguram

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