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Nos limpamos e voltamos ao escritório.

— Quer ir lá embaixo? — Convido. — Vamos dançar.

— Eu não sei se sou bom nisso. Não sou de dançar em lugares públicos. — Veste a camisa.

— Relaxa. Aqui é um ótimo lugar para isso. Todo mundo está curtindo e ninguém vai ficar focando em você, a não ser que alguém fique interessado. — Ele sorri, aparentemente convencido, então puxo sua mão e descemos a escada.

Curtimos o restante da noite e antes das quatro horas da manhã, fomos para minha casa.
Assim que chegamos, fui direto até a cozinha, para comer alguma coisa.

— Posso preparar algo para você? — Noah oferece e eu deixo escapar um sorriso bobo. — Sim. — Ele sorri. — Eu gosto de cozinhar.

— Claro. — Pelo impulso, lhe dou um beijinho. — Eu vou adorar.

— Tudo bem. Eu só preciso que me diga onde está cada coisa na cozinha. — Rimos.

Mostro tudo, desde o armário até a geladeira e ele decide o que preparar.

— Eu vou guardar sua mochila. — Corro até o quarto de hóspedes de jogo a mochila sobre a cama.

Volto até a cozinha e me sento, observando ele concentrado na cozinha, com um sorriso enorme.

— O que houve? — Sou flagrada.

— É que seu jeito é fofo e engraçado. — Respondo, fazendo ele ficar confuso.

— Que jeito? — Pergunta.

— O jeito que você faz tudo milimetricamente calculado, você fica sussurrando as medidas para você mesmo enquanto cozinha. — Fica sem graça e volta a mexer o filé de frango na panela. — Ei, não quero te deixar sem graça. Não estava rindo num sentido ruim, estava admirando você.

Me olha, com seus olhos brilhando e bochechas coradas e sorri.

— Como você consegue ser tão incrível? — Me deixa sem reação e nos olhamos por alguns segundos. — Vou voltar para a parmegiana.

— Quer ajuda com alguma coisa? — Ofereço. — Posso ser a ajudante do masterchef.

— Não precisa. — Recusa, com gentileza. — Eu só quero que você experimente o que eu vou preparar. Cozinhar é uma das poucas coisas que eu posso me gabar de ser muito bom.

— Tudo bem. — Me inclino pra frente e rio. — Estou louca para experimentar sua comida.

É divertido ver sua reação a essas piadas de duplo sentido.

Depois de meia hora estava tudo pronto, e o cheiro era impecável.

— Esse é para você. — Me entrega o prato. — Bom, é uma das melhores combinações, na minha opinião. Frango a parmegiana com arroz frito e batata.

— Só o cheiro e a apresentação me ganhou. — Corto um pedaço do frango e coloco na boca, junto com o arroz e um pedaço de batata. — Me desculpa falar de boca cheia, mas isso aqui está perfeito.

— Obrigado. — Volta até a panela, se serve e senta ao meu lado.

— Sabe o que faltou para ficar ainda melhor?

— O quê? — Franze a testa.

— Você cozinhar pelado. — Rio com sua expressão de surpresa.

— Sério? — Questiona. — Parece que não sou o único com fetiches esquisitos. — Ri e eu também.

— Bom, pode parecer loucura, mas eu acharia bem sexy alguém cozinhando pelado enquanto eu fico aqui, apenas admirando. — Explico.

— Talvez um dia eu perca a timidez a ponto de fazer isso. — Comenta.

AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora