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É hoje!

O dia da despedida de solteira da Mari. Indie e eu acordamos cedo para resolver algumas coisas.
No início achei estranho a própria noiva organizar a festa, até que ela disse que não tinha ninguém entre as amigas que realmente soubesse o que ela queria. Na verdade, eu acho que ela é um pouco controladora, mas não julgo.

Já é quase hora da festa. Fizemos tanta coisa em um dia que nem vimos a hora passar.
A Indie já está na Escarlate e como não teve coragem de ir buscar as genitálias de chocolate na doceria, me encarregou disso, já que ofereci ajuda no que ela precisasse.

Tomo um banho rápido e me arrumo de acordo com a festa, que apesar de ser uma despedida de solteira, também é uma festa de gala.

Assim que estaciono em frente a boate, vejo a Indie vindo em minha direção, desesperada.

— Que bom que já chegou. Você passou na doceria?

— Claro. — Aponto para o banco de trás, onde estavam as caixas.

— Obrigada. Eu te amo. — Pega as caixas e corre pra dentro da boate, ofegante e apressada.

Antes de sair do carro, pego a caixinha de presente da Mari e confiro.
Já que não vou em seu casamento, quero dá um presente que ela goste.
Ao entrar na boate, avisto o grupinho de mulheres reunidas ao redor de alguns strippers.

— Espero não ter perdido muito. —Sussurro ao encostar atrás da Mari.

A expressão em seu rosto muda completamente ao se virar e me observar de cima a baixo.

— Caramba... Você está deslumbrante. — Não consegue disfarçar a surpresa ao me ver vestida em um terno preto.

— Obrigada. — Dou um sorrisinho tímido, involuntariamente.

Ficamos nos encarando durante um tempinho, eu imagino.

— Gente. — Chama a atenção de todos ao redor. — Essa aqui é a Afrodite. Ela é a dona da Escarlate, e também, uma amiga que conheço a dois dias.

— É um prazer. — Cumprimento todos, educadamente.

— Prazer. — Ouço um coral de vozes que parecem eufóricas e talvez, já alcoolizadas.

— Você tem sorte. — Mari me puxa pelo braço. — Você não perdeu quase nada. Acabou de começar.

— Que bom. Não quero perder as coisas que você me falou ontem. — Rimos. — Volto daqui a pouco.

Vou até a parte interna, conferir se a Indie precisa de ajuda.

— Não precisa. Está tudo em ordem. — Ela parece ter se acalmado e realmente parece estar com tudo sob controle.

— Tem certeza? Não quero que você se sobrecarregue. — Insisto.

— Isso não vai acontecer, não se preocupe. Está tudo sob controle e você pode ir se divertir — Me empurra sutilmente para onde está rolando o que parece ser o tão esperado lap dance. — Sei que você vai embora cedo.

— Mas, e você? Não vem?

— Daqui a pouquinho. — Responde, tentando me enganar. Sei que não vai ficar naquele meio. — Estou só ajeitando algumas coisinhas aqui com os garçons.

Volto ao lugar em que a Mari e os outros estão e vejo ela sentada em uma cadeira com um dos strippers dançando para ela.

Todas as suas amigas estão completamente eufóricas com a situação, e os outros dois strippers se posicionam em uma fila para fazer o lap dance que ela tanto queria. Todos apenas com cuecas e gravatas borboleta.

AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora