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A Indie e eu, tivemos a brilhante ideia de convidar a tia Regina para nossa parceria.
A cafeteria não estava indo muito bem, então convidamos ela para ser a confeiteira oficial do buffet.

Acordamos cedo para resolver alguns detalhes do projeto antes de pôr, realmente, em prática.
Tiramos algumas fotos da cafeteria e depois fomos até a boate, para completar as fotos que queríamos em nosso site.
Quando avisamos a tia Regina sobre a parceria, ela ficou tão animada que não pensou duas vezes antes de aceitar.

— As fotos. — Chamo a atenção da Indie e da tia Regina. — Ela enviou.

Elas correm até mim e olhamos as fotos juntas, no computador do escritório.

— Ficaram perfeitas. — A tia Regina se empolga mais ainda.

— Sim. Nem acredito que tive a coragem de tirar essas fotos. — Indie ressalta.

— Acho que as cócegas te ajudaram a relaxar um pouco. — Brinco, lembrando que tivemos que fazer isso pra ela se soltar. — Agora só preciso esperar o cara do site chegar para fazer uma simulação do design.

Foi difícil encontrar alguém disponível para esse horário, mas eu não queria esperar até amanhã. Tivemos sorte que a Indie estava conversando com o Kaique e ele indicou alguém que aceitou o horário.

— Eu vou levar a tia Regina e volto. — Indie pega a chave do carro.

— Você tem um encontro. — Lembro e ela abre os olhos em sinal de surpresa. — Esqueceu?

— Eu tinha esquecido disso. — Não consegue esconder a expressão apavorada. — Vou ter que cancelar.

— Não vai não. Você vai em casa tomar um banho e se arrumar pra sair. Pode deixar que eu fico aqui.

— Tem certeza? Eu não quero te deixar aqui sozinha. — Parece preocupada.

— Relaxa, eu me viro. — Tento tranquilizar ela. — Vai pro seu encontro e se diverte com o bonitão.

— Tá. — Me abraça e vai em direção a saída. — Qualquer coisa me manda uma mensagem.

— Claro, chefia. — Brinco e ela revira os olhos.

Volto a observar as fotos enquanto aguardo pelo técnico.
O dia foi tão cheio que agora parei para pensar que não comi quase nada hoje. Já era quase noite e eu só tinha tomado café da manhã. Pego a pequena caixa que trouxemos da cafeteria e como o último cupcake que tinha.

— Droga. — Me irrito ao perceber que caiu chantilly na minha blusa. — Sério isso?

Tiro a blusa e corro até o banheiro do escritório para tentar limpar e não parecer uma criança que sujou a blusa comendo besteira.
Volto até o escritório ainda esfregando a blusa úmida.

— Com licença. — O técnico aparece na porta e eu me assusto. — Me desculpa. Eu vi a porta aberta e achei que podia entrar. — Se vira, bruscamente.

— Relaxa. — Rio de seu desespero. — Está tudo bem.

Visto a blusa úmida e fria. Isso me incomoda de uma maneira que não consigo explicar, mas é a única que tenho aqui.

— Posso? — Pergunta. Referindo a se virar.

— Claro. — Ele se vira e eu me surpreendo ao reconhecê-lo. — Noah?

— Oi. — Responde, tímido. — A senhorita se lembra de mim?

— Claro que sim. Por quê não me lembraria? — Dou um sorrisinho. — E aliás, para de me chamar de senhorita, me chama de você.

AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora