36

389 28 0
                                    

O Noah viaja amanhã e me chamou para vir dormir em sua casa para a despedida, já que o Michael saiu com a namorada e a Marisa saiu com tia Regina e a Alcione para curtir.

Tomo um banho rápido e me arrumo.

— Afrodite. — Ouço a Indie gritar e vou até a sala. — Preciso de ajuda com uma coisa. — Parece muito eufórica.

— O que aconteceu? — Me preocupo. —Você está bem?

— Não. — Responde indignada. — Eu ainda não consigo siriricar. — Rio ao ouvir ela dizer isso.

— Primeiro, tenta ficar calma. Respira. — Me sento no sofá. — Senta aqui.

— Já estamos juntos a um tempo. Eu até já deixei ele me tocar algumas vezes, então, por que eu mesma não consigo fazer isso? — Reclama.

— Calma. — Tento. — Vamos com calma. Você não vai mudar toda uma vida de tabu com masturbação do nada.

— Eu sei. Eu sempre tive essa besteira na cabeça de não me tocar e acabo nunca conseguindo por quê sempre tem algo me falando para não fazer.

— Você tem nojo? — Questiono.

— Não exatamente. Mas, sempre que vou me tocar e olho lá para baixo eu travo e não consigo. A gente estava conversando e ele me mandou um áudio que me deixou meio excitada. Mas, mesmo assim não consegui.

— Primeiro, relaxa. — Ela respira fundo. — Segundo, eu vou tentar de ajudar. E terceiro, não fala siriricar, por favor. Parece nome de doença. — Rimos e ela relaxa um pouco.

— Como você vai me ajudar? — Questiona

— Calma aí. — Vou até o meu quarto e pego uma venda de cetim preta. Volto até a sala e sigo direto para o quarto dela. — Vem. — A Indie me segue — Tira a roupa.

— Não. — Se assusta. — Você não vai me masturbar.

— Claro que não. — Rio. — Deixa de ser doida. Só deita lá na cama e se embrulha  com o cobertor. — Ela faz o que eu digo e tira a roupa, hesitante.

Vou até a mesinha dela, pego o fone, encaixo no seu celular e lhe entrego.

— Agora põe isso aqui. — Entrego a venda.

— Por quê?

— Confia em mim. — Ela obedece.

— E depois? — Pergunta.

— Uma dica. — Digo. — Não precisa ir direto lá em baixo. Você pode ir apenas passando a mãos no seu corpo e sentindo os lugares que você mais gosta de ser tocada. Faz uma auto massagem.

— Tá bom. — Concorda. — Mas, você vai sair não é?

— É óbvio. Maluca. — Rio e reviro os olhos. — Lhe entrego o fone e ela coloca. Ponho o áudio em repetição no playmusic e saio do quarto, depois de avisar para ela saber que já saí.

Pego a chave do carro, minha bolsa e vou para a casa do Noah que já está me esperando.

Assim que chego, o vejo na porta me esperando.

— Oi, meu bem. — Lhe cumprimento com um beijo.

— Oi, deusa. — Ele me olha de cima até embaixo. — Ainda não sei como você namora comigo.

— Ah, olha no espelho. Você é um puta de um gostoso. — Rimos e entramos.

— O que está fazendo? — Questiono ao vê-lo correndo até a cozinha.

— Preparando panquecas para comermos mais tarde. — Responde. — Comprei um vinho para gente. — Noah vai até a geladeira e pega uma garrafa do famoso vinho sem álcool, coloca nem duas taças e me entrega uma delas.

AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora