Afrodite

25

Estávamos quase tirando nossas roupas alí mesmo, no sofá. Já não sabia respirar direito. É como se eu esquecesse como fazer isso sempre que ele me beija.

— Vamos... Para o... Quarto. — Consigo falar, porém a voz quase não sai.

— Uhum. — Hesitou por alguns segundos mas se afastou e eu pude levantar.

Entramos no quarto e antes de eu conseguir fechar a porta novamente, ele me empurra contra a parede e volta a me beijar.
Suas mãos grandes e firmes acariciam meu corpo inteiro, meus seios, minhas coxas e até apertam meu pescoço, o que me faz revirar os olhos, por um instante, e ficar na ponta dos pés.
Noah percebe e ri para mim. E lá está mais uma vez, aquele sorriso depois de um beijo avassalador que faz todo o clima ficar carregado de tesão.

Minhas mãos pairam sobre todo o seu corpo, seu pescoço, seus cabelos, suas costas...

Até que ele segura a barra do meu projeto de vestido e me encara.
Era um vestido de dormir, então não vejo problema de ser quase uma blusa.

— Posso? — Sua voz está assustadoramente sexy e cheia de desejo. Não sei como isso me deixa tão rendida, tão estasiada.

— Hoje você pode tudo. — Respondo, ainda ofegante demais.

Tira meu vestido e joga na cama, volta o olhar para mim e nesse momento tenho a total certeza de que, assim como eu, ele está insaciável.

Tira a camisa e meu olhar, automaticamente, desce, capturando e decorando cada parte de seu corpo e vários pontinhos que entregam seu arrepio. Me puxa pela cintura e me guia até a cama.
Tira minha calcinha devagar e com um olhar cirúrgico, acompanha todo o caminho dela até estar jogada na poltrona ao lado.

— Eu poderia ficar a noite toda olhando para você e te falando o quanto você é gostosa para caramba. — Suspira fundo e abre minhas pernas.

Beija, levemente a parte interna da minha coxa e me olha nos olhos para conferir minhas reações, o que ele sempre faz.

Continua a beijar e sinto minha perna arrepiar, completamente.
A cada beijo, ele sobe um pouco mais.
Até que...

— Aah... — Ao me dá conta, já estou com os dedos entrelaçados em seu cabelo, enquanto ele me chupa. Sua língua é quente, macia e hábil. — Noah.

Enfia o dedo, quando me ouve gemer seu nome. Sua maestria é admirável e me faz tremer. Mexo o quadril enquanto seguro seu cabelo e ele intensifica seus movimentos, me fazendo prender automaticamente seu rosto com minhas coxas. Noah, rapidamente segura e afasta minhas pernas para aproveitar meu gosto mais um pouco e me fazer revirar os olhos ainda mais.

Sobe e me olha.

— Você tem um gosto muito bom. — Sussurra enquanto ainda tento me recuperar.

Passo a ponta da língua em seus lábios e o beijo, saboreando cada passo que sua língua dava junto com a minha.

— Minha vez. — Inverto nossas posições num movimento rápido e puxo sua calça junto com a cueca.

Beijo seu pescoço e ele já se afunda no colchão, desço até seus mamilos e passo a língua neles.
Continuo meu caminho e só paro quando estou com sua ereção na boca.

— Ah, caramba. — Noah geme e aperta o travesseiro.

Brinco com a língua e ele parece adorar. Tê-lo sob o meu poder me desperta coisas que eu mal consigo compreender.
Fico hipnotizada com seu olhos, sua boca rosada, que está ainda mais rosa pelas mordidas que ele dá no lábio inferior, suas mãos grandes e com as veias saltando, e alguns fios de cabelo que grudam na testa devido ao suor.

Todos os detalhes são impressionantes e afrodisíacos para mim.

Paro o que estava fazendo e volto até o seu rosto, beijando sua boca sem pensar em mais nada.
Seguro seu pau e posiciono, sentando devagar para sentir ele me invadindo completamente.
Com uma reação automática, ambos fechamos os olhos e levamos nossas cabeças um pouco para trás.

Começo a cavalgar e ele aperta minha bunda enquanto movimento. Abro os olhos e o vejo me encarando enquanto tem seu lábio preso nos dentes, novamente.

Continuo subindo e descendo, olhando em seus olhos profundos e aproveitando o misto de sensações que se misturam na barriga, causando um frio.

— Eu quero que fale para mim... Quando você for... Gozar. — Sussurra e eu balanço a cabeça, concordando.

Levo minha mão até seu pescoço e aperto com força. E ele faz o mesmo com minha bunda.

Segurando firme, ergue o quadril enquanto eu desço, indo tão fundo que sinto levemente uma dor no pé da barriga.

— Ah. — Deixo escapar e solto seu pescoço, para deixá-lo respirar melhor.

— Desculpa. — Sussurra. — Machucou?

— Relaxa. — Rio e mudo o movimento para um rebolado. — Isso foi bom para cacete.

Levo a mão até o meu clitóris e começo a acariciar enquanto movimento o quadril.
Não demora muito até eu sentir minhas pernas enfraquecendo.

— Eu vou... Gozar. — Minhas pernas estremecem e eu deito sobre seu peito ainda sentindo o orgasmo me deixar fraca.

Noah ergue o quadril mais uma vez, porém continua o movimento, acelerando as estocadas até gemer alto e gozar também.

Ficamos alí por um tempinho, deitados e nos encarando até o Noah levar a mão ao rosto.

— Droga.

— O que houve? — Saio de cima dele e me sento na cama.

— Esqueci a camisinha. — Senta. — Eu esqueci a camisinha e gozei dentro de você... Me desculpa.

— Relaxa. — Rio e ele fica confuso. — Olha isso aqui. — Pego sua mão e ponho o dedo no meu braço, fazendo ele sentir o implante. — Sabe o que é um implante contraceptivo?

— Ah, sei sim. — Suspira, aliviado.

— Mas, temos que lembrar de usar nas próximas vezes... Afinal de contas, camisinha não é só pra evitar gravidez. — Rimos e voltamos a deitar.

— Ainda não acredito que você estava com raiva de mim por achar que eu fiquei com ciúmes. — Debocha, rindo.

— Eu estava furiosa. — Rio e mexo em seu cabelo. — É que já fiquei com pessoas que fizeram isso e é horrível.

— Enfim... Comigo não precisa se preocupar. — Me puxa para mais perto. — Lembra de quando ficamos chapados e eu perdi totalmente a vergonha e falei sobre minha vida sexual com você?

— Sua vida não sexual no caso. — Rimos. — Lembro sim.

— Acho que eu estava errado... Pensei que tinha brochado naquela ocasião por ela não bater forte o suficiente ou algo do tipo, mas na verdade só era uma situação ruim, num rolê com amigos do colégio, botando pressão no nerd esquisitão.

— Ensino médio é um terror. — Afirmo.

— Nem fala. Sofri bastante. — Ficamos um tempo em silêncio até ele me olhar. — Quero te contar o que aconteceu aquele dia. O motivo de eu sair correndo daquele jeito.

— Claro. — Concordo. — Mas, só se realmente quiser.

— Eu quero. — Vira, ficando de barriga para cima e encarando o teto. — Então...