Acordei quase na hora do almoço. Indie e eu, viemos para casa depois de levar a tia Regina, que se divertiu muito com a mãe do Noah. Já se tornaram amigas e pareciam se entender super bem.
Me arrumei rápido e peguei a chave do carro.
— Indie! — Chamo. — Estou saindo. — Aviso, e ela responde
— Bom almoço.
Saio e vou direto até o restaurante para encontrar os três. O Noah me mandou uma mensagem, avisando que já estavam chegando.
Estaciono o carro e adentro o estabelecimento. Já avisto a mesa onde estão e sigo até lá.
O Noah levanta e me cumprimenta com um beijo rápido, me deixando meio sem jeito. Cumprimento a Marisa e Michael e me sento, finalmente.
Pedimos os pratos e aguardamos.— E aí, me fala sobre você. — Marisa me olha, curiosa.
— Mãe. — O Noah chama sua atenção. — Calma.
— O que quer saber, exatamente? — Pergunto, me divertindo com sua postura de investigadora e da repreensão do Noah.
— Suas intenções com meu filho, o dote. — Ri ao ver a expressão perplexa em meu rosto. — Estou brincando. — Todos nós rimos e Noah já está com o rosto vermelho.
— Já ia responder que tenho um grande bezerro como dote. — Continuo a brincadeira e todos gargalham, chamando a atenção de algumas pessoas nas mesas ao redor.
— Me fala sobre seus pais... Você é filha únic...?
— Mãe! — Noah interrompe, ao ver a diversão em meu rosto indo embora.
— Tudo bem. — Digo e ele me olha como se questionasse se tenho certeza. — Um breve resumo. Eu tinha um irmão, que morreu a alguns anos. Ele teve câncer. Meus pais deserdaram ele por ser gay e agora fingem que eu não existo mais. Principalmente depois que abri a boate. Eles insistem em dizer que é um bordel e que eu sou prostituta.
— Que desgraçados! — Demonstra indignação. — E sinto muito pelo seu irmão.
— Obrigada. — Apenas agradeço e limpo uma lágrima que acabou escapando. — Bom, eu tenho a Indie, que é minha irmã, e a tia Regina.
— E tem a gente também. — Oferece a mão e eu seguro. — Mas, ainda quero o dote.
Rio e ela aperta minha mão, acariciando com o polegar.
— Obrigada. — Agradeço.
— Olá. — Dois garçons param ao nosso lado, colocando os pratos na mesa e se retirando em seguida.
Alguns minutos depois, um deles volta com o suco que pedimos.
Agradecemos e começamos a comer. Vez ou outra, a Marisa joga alguma indireta sobre um possível relacionamento entre o Noah e eu.
Ele respondeu, tentando explicar que somos amigos e que só estamos curtindo. Porém, ela não descansou e continuou a falar.Terminamos e os garçons logo retiraram os pratos, enquanto outro anota nosso pedido de sobremesa.
— Mas, por quê só curtir? — Marisa insiste. — É por falta de pedido?
— Não é isso. — Digo. Não quero ter que falar que estamos experimentando os desejos do filho dela. Tenho certeza que ele não iria querer falar sobre isso com eles.
— E o que é? Por que vocês são um ótimo casal. — Dessa vez, Michael ajuda Marisa e eu o repreendo com o olhar, apenas para ver seu sorriso em resposta.
— Eu agradeço se vocês pararem de deixar ela sem graça. — Noah interfere. — Não quero que ela fique desconfortável com a gente.
— Tá. — Marisa responde e eu arqueio a sobrancelha. Não sabia que ela iria apenas concordar desse jeito.
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Afrodite
RomanceAfrodite é uma jovem de 23 anos, dona de uma boate, e seu maior prazer é realizar os fetiches mais profundos de outras pessoas. Apesar de ser filha de pais super conservadores ela não vai desistir de viver a vida como ela quer e orgulhar o irmão mai...