Essa inversão de ondas sonoras me aprisiona...

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Eu sou um covarde?

Ora, palavras sábias de um príncipe atormentado, oh, como eu queria saber....

Seria eu, um caracol que se esconde na toca da falsa liberdade? 

Escrevo, escrevo, escrevo, e clamo-me livre de todas as angústias do meu ser,

mas seria eu, mais um charlatão à Selene?

No silêncio ensurdecedor da madrugada, é louco quem se cala em meio a tantas frases mal faladas por vezes e vezes seguidas?

Denomino-me livre a espairecer mas essa inversão de ondas sonoras me aprisiona...

E cá estou eu, à beira da escuridão e tudo o que eu mais ouço, é nada.

Mas sinto tudo- tudo.

As memórias, os cheiros, o peso do consciente.

Acho que esgotei-me do físico imaginário das palavras e resta-me apenas o caos da mente.

E como mente.

Pois um louco à alvorada, não é nada além de um covarde.

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