Eu sou um covarde?
Ora, palavras sábias de um príncipe atormentado, oh, como eu queria saber....
Seria eu, um caracol que se esconde na toca da falsa liberdade?
Escrevo, escrevo, escrevo, e clamo-me livre de todas as angústias do meu ser,
mas seria eu, mais um charlatão à Selene?
No silêncio ensurdecedor da madrugada, é louco quem se cala em meio a tantas frases mal faladas por vezes e vezes seguidas?
Denomino-me livre a espairecer mas essa inversão de ondas sonoras me aprisiona...
E cá estou eu, à beira da escuridão e tudo o que eu mais ouço, é nada.
Mas sinto tudo- tudo.
As memórias, os cheiros, o peso do consciente.
Acho que esgotei-me do físico imaginário das palavras e resta-me apenas o caos da mente.
E como mente.
Pois um louco à alvorada, não é nada além de um covarde.
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Telegramas
PoetryEm um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor...