Não, não me recordo de nada.
Não me recordo dessa cidade, de como todos os meus sonhos se tornavam realidade com a simplicidade das suas palavras.
Não me recordo daquela mureta sobre a qual sentávamos e conversávamos sobre o futuro.
Não me recordo da sua risada, nem do seu sorriso que vagava pela minha mente como uma brisa de verão,
E não me recordo, sinceramente, de como eu nos amava.
Nós - antes, depois, enquanto - por todos os extremos do infinito.
É verdade, infelizmente, como eu não me recordo de ti,
E como um sonhador esquecido, esperarei um amor melhor,
Que me lembrará dos infinitos dos sonhos, entre os quais habito.
Entre os quais sou.
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Telegramas
PoetryEm um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor...