Cá estou eu, no aconchego do ar condicionado num dia habitável pelas criaturas mais horrendas do folclore bíblico,
No estacionamento de um centro comercial- de umas 6 lojas, mais ou menos- e deparo-me com uma cena que faz o meu viver cantar mais alto:
Nesse sábado de tarde, pais e filhos e filhas e amigos entrando e saindo com seus presenteados instrumentos de uma loja também abençoada com o meu mesmo aconchego.
Cada alma jovem - de idade contáveis nos dedos - alegres com o espírito da música.
A beleza da arte desperta-se em inocência e espalha-se até que nós a desgastamos.
Mas hoje, não comentarei sobre os desaforos do envelhecer.
Hoje cantarei.
Cantarei pelo espírito musical acordado nas almas mais felizes.
Cantarei pela beleza do desconhecido, prestes a ser desvendado em harmonia.
Hoje cantarei por todas as ideias ainda não descobertas, e aos artistas contemplando o palco.
Viva!
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Telegramas
PoetryEm um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor...