Te encontrarei no lugar onde o sol não se põe.
No plano onde o tempo é palpável, tão maleável quanto o brilho do teu olhar.
Onde a harmonia sonora de ondas marítimas cochicha os segredos da eternidade.
Onde a moeda local é contada em risadas e olhares que atiçam mais que ouro.
Em meio à brisa de verão, na beira daquela montanha, eu te olho e vejo todas as emoções que foram uma vez amaldiçoadas pela injustiça da linguagem. Te ouço, e as tais emoções, como histórias da meia noite, entrelaçados com o seu batimento cardíaco, cantando as risadas, os pensamentos, as paixões tão físicas quanto o meu amor, naquele lugar.
E lá ficamos, sob as nuvens arquitetadas por nós, no céu alaranjado de um lugar onde o sol só se põe.
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Telegramas
PoetryEm um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor...