Dizer que o amor é um corpo solitário não passa de outra falácia,
tatuada no cadáver que está a apodrecer.
O amor é a sombra que une as almas que se escondem do dia como a verdade.
Pois a verdade sim, é solitária.
Se recolhe às profundezas da noite, habitando o silêncio,
E ela aguarda.
Aguarda que a encontremos, mas o amor,
Ah, o amor é disperso,
É único mas variável,
É vivo e brinca, chora, torce, ora e faz por nós o papel de amigo.
Ele nos motiva,
E nos encoraja a encontrar a tal verdade que caminha sozinha na estrada da noite.
Pois o amor é o nosso fôlego,
Que nos guia pela vida a qual ele mesmo nos condenou.
Pois o amor é a essência mal executada daquele cadáver que se deixou queimar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Telegramas
PoetryEm um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor...