Ouço o teu nome pular pela minha mente como um piolho de pensamento.
Não consigo removê-lo, por mais que eu queira.
Em meio a todos os desafios,
defeitos,
barreiras,
ele me habita, ecoando, rindo, e zombando da minha força de vontade com um dedo apontado e o teu sorriso em seu rosto.
Pois é ridículo.
Entre a divisão de dois mundos, no encontro do hipotético, vago.
E insisto nesse destino ilícito à tudo que conhecemos,
Pois mesmo com o prejuízo do preconceito,
a barreira da linguagem,
e a inversão de valores nossos,
Penso em ti.
Me castigo repetidamente com um futuro coibido dado à minha teimosa disposição a te amar.
E em meio à toda discordância que o físico nos serve, a nossa chama do fôlego incendeia e corrói a sombra que há no espaço do imaginário.
Quero que saiba, mais que tudo, que entre as linhas da minha história pula o seu nome,
E meados às incongruências de prioridades, gostos, valores, opiniões,
No amanhecer da minha visão, eu diria sim.
Eu aceito.
Pois com cada resto de meus esforços,
Estou disposto a amar-te.
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Telegramas
PoetryEm um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor...