Numa lembrança imune ao tempo, a história nos acompanha, observando-nos pela mesma janela que a espiamos e marcamos tão profundamente na época da inocência.
Por ora, movem-se e instalam-se em nós através da ponte da memória, ligando os abismos das realidades passadas aos numerosos futuros infinitos, igualmente abissais.
As histórias, as ideias, os sonhos nos acompanham desde a infância, quando abrimos unicamente aquela porta.
E com o tal olhar imutavelmente marcante da inocência, sem crítica, sem medo, nós mantemos a porta aberta, esperando pacientemente a hora de correr.
Em meio a adultos que deixaram de acreditar, a história paira, chamando-lhes a atenção a uma touca vermelha, a uma casa na floresta, a um castelo abandonado.
Numa lembrança imune ao tempo, as histórias nos acompanham,
E por um momento, tornam-se reais.
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Telegramas
PoetryEm um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor...