Contemplo o meu solilóquio.

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Sempre tem alguém que

Sempre tem alguém que

Sempre tem alguém que

e eu, em meio a tudo isso, sempre sou ninguém.

eu sou ninguém que

eu sou ninguém que

eu sou Ninguém que ouço mas não sou ouvido.

Que falo mas não comunico.

Que penso mas duvido.

Eu sou Ninguém que, como um gato à lua, contemplo o meu solilóquio.

Pois Eu sou Ninguém que sente como Alguém. 

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