Dolorido

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POV Cheryl

-Bebê, vamos acordar? Tá na hora de ir pra casa. - Vejo ela abrindo os olhos lentamente e, assim que me vê, fecha os olhos rapidamente. - Bebê, eu sei que você tá acordada, pequena. - Ela bufa irritada e abre os olhos. - Se fizer bico, eu mordo! - Leva suas mãos até seu rosto, cobrindo seus lábios. Mas ela faz uma careta de dor, confirmando que o corpo dela fez esforço demais horas atrás. - Tá doendo muito, pequena? - Ela acena, concordando. - Onde tá doendo?

-Tudu, Mommy. Tá tudu dodói. - Resmunga, fazendo uma careta.

-Vamos pra casa, a Mommy vai dar remédio e fazer massagem pra passar a dor da minha bebê.

Fazendo careta após careta, ela se levanta e eu ajudo-a a se vestir. Logo estamos passando pela pista, agora vazia, exceto pelos meninos da limpeza. Em instantes eu estou inclinada sobre ela, colocando o cinto de segurança em uma Toni manhosa que não para de pedir chupeta.

-Ela já grandinha, deve saber colocar o próprio cinto. - Na mesma hora Toni se remexe e eu me afasto me virando

-Desculpa, mas eu não tô achando... - Ele me olha confuso. - Não tô achando onde eu perguntei alguma coisa. - Ele revira os olhos.

-Você já foi melhor nisso.

-Bom, eu não posso dizer que você já foi menos chato.

-Calma, só queria entender o motivo de você estar colocando cinto nela, que já é bem grandinha.

-Vou te contar um segredo, mas não conta pra ninguém. - Digo baixo, como se fosse um segredo e ele se aproxima, para ouvir melhor.
- Eu tava chupando o pau delicioso dela, afinal preciso começar bem o dia! - Ele arregala os olhos e se afasta surpreso. - Agora, se você me der licença, vou pra casa, terminar o que você interrompeu. - Fecho a porta de Toni e dou a volta no carro, entrando atrás do volante e dando a partida no carro. Quando saio com o carro, noto a cara emburrada de Toni. - Que foi, bebê?

-Homi feio qué robá Mommy da Tee-Tee. - Cruza os braços sob os seios.

-Ele vai continuar querendo, mas não vai conseguir, pequena. Eu não tenho a mínima intenção de deixar essa baby maravilhosa escapar. - Paro o carro no semáforo e faço cócegas na cintura dela, fazendo ela se encolher, para escapar dos meus ataques.

-Mommy! - Ela grita entre risadas e eu paro meus ataques e ela suspira, recuperando o fôlego. Deixo um beijo em sua bochecha. - Mommy bobona, bebê tá dodói!

-Desculpa, pequena. Em casa, a Mommy cuida de você!

Ela fica um pouco mais alegre e eu sigo para casa. Assim que estaciono o carro na garagem, ela salta do carro e já coloca sua chupeta.

Logo entramos em casa e subimos para o quarto, onde ela já vai tirando a roupa e deixando pelo caminho. Eu sou trouxa demais, então apenas vou pegando as peças e, quando chego no banheiro, coloco as peças ali para lavar.

-Mommy, quelo banhu di banheila. - Ela aponta timidamente para a banheira.

-Tudo bem, pequena. - Vou até o registro, abro e, em seguida, fecho o ralo. - Baby, fica aqui e, quando encher, você fecha o registro, tá bom?

-Ondi Mommy vai?

-Vou pegar alguma coisa pra você comer pra poder tomar o remédio.

-Mamadeila, Mommy.

-Negativo. Você precisa se alimentar, pequena.

-Num tô cum fominha, Mommy. Num quelo comê. - Ela cruza os braços e eu reviro os olhos.

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