POV Cheryl
Passei a noite inteira em claro, preocupada se receberia uma ligação pela madrugada avisando que havia acontecido mais alguma coisa com o Gabs. Mesmo que ele tivesse mandado mensagem e dito que estava tudo bem eu me preocupava.
A Toni até tentou me acalmar e me fazer dormir, mas eu apenas continuei acordada enquanto a pequena mamava tranquila em meu peito.
Por volta das 5:30 da manhã eu caí no sono. Já era sábado, então minha pequena não precisaria trabalhar e eu muito menos. Acordei eram 9:40 com a Toni virada para o outro lado da cama e ouvindo a porta bater e um Gabriel com as bochechas coradas passar pela porta do meu quarto tentando não ser percebido.
--Hey Hey mocinho, pode voltar e me contar tudinho que aconteceu.
--M-Mas mommy, n-neném vigonha. -- Falou e escondeu o rosto com as mãos.
--Nem adianta, mocinho. Eu quero saber de tudo.
Ele se aproximou e me contou algumas partes. Com o rosto extremamente vermelho e com um sorriso estampado nos lábios.
Contou o quanto ela foi carinhosa e cuidadosa com ele, que a sensação tinha sido boa e como depois ficaram apenas recebendo carinho um do outro até que ela decidiu trazer ele de volta.
--Que bom que você está feliz, pequeno, e que ela te tratou bem. Já tomou café hoje?
--Xim mommy. Panquecas com muuuuuuitão calda de chocoiate. - Contou sorrindo sapeca.
--Okay. Eu estava pensando, que tal se chamassemos todas as meninas para virem aqui, hum?
--Xiiiiiiim. Bincar com a Min e a V.
--Então vá pro seu quarto que eu vou acordar a Toni e ligar para as meninas está bem? -- Ele apenas acenou e foi pro quarto.
Me aproximei vagarosamente dela, e comecei a deixar alguns beijinhos e mordidas na pele da minha bebê e sentia ela acordar.
--Hummm. Mommy, dêxa bebê dumíiii. -- Falou se esticando e bocejando.
--Nada disso. O Gabs já voltou pra casa e eu vou ligar para as meninas virem pra cá. Você vai ficar dormindo enquanto ele brinca com elas? -- Ela logo se sentou, ainda com os olhos fechados e seu cabelo caindo em seu rosto. Ri um pouco e tirei as mechas da frente de seus olhos.
--Bebê codou. Ficá soxinha non. -- Se escorou no meu corpo e suspirou.
--Vamos sem preguiça. -- Ela se levantou e foi em direção ao banheiro, enquanto eu trocava meu pijama por um short mais soltinho e uma regata. O dia hoje estava quente. -- Tee-Tee, pequena, você quer que eu chame a sua mãe também? - Houve um momento de silêncio.
--Xim, pode chamá mommy.
--Okay, vou estar na cozinha. -- Saí do quarto e passei no quarto do Gabs vendo que ele estava deitadinho enquanto assistia com a chupeta na boca e sua girafinha em um dos braços. O deixei assistir e desci para a cozinha, preparando um café da manhã tardio.
A Toni desceu e comemos em um silêncio agradável. Lavamos, secamos e guardamos a louça que havia sido usada e logo depois eu liguei para as meninas pelo grupo. Todas iriam vir, inclusive a mãe da minha pequena que disse que ia trazer uma sobremesa.
Um tempo depois todas chegaram e os pequenos foram brincar no quarto do Gabs, enquanto o resto de nós começou a fazer o almoço.
POV Toni
O dia havia começado bem. Eu tinha escutado vagamente a mommy conversar com o Gabs e depois senti seus beijos me acordando.
Quando as meninas chegaram, Min, Vee e eu subimos para o quarto do Gabs.
--Hey, vamô bincá? -- Perguntei
--Bincá di quê, Toni? -- Gabs perguntou.
--A genti escolhe um bixinho e tem qui jogar ele beeeeeeem loooonge nu corredor. -- Apontei pro corredor onde estavam os quartos e um banheiro. -- Queim jogá masi longe ganha montão de docinho.
Todo mundo concordou animado, mas vi o Gabs olhar meio temeroso para as pelúcias dele.
--Eu num queru bincá masi. -- Disse ele.
--Masi puque?-- Min perguntou.
--Puque os binquedus xão meus e eu num quelo fazê dodói neles. -- Abraçou a girafinha e mais duas pelúcias que estavam perto dele.
--Mas a gente qué! --Verônica bateu o pé no chão e falou mais alto. E Min concordou com ela. Eu fiquei quieta. Talvez não tivesse sido uma boa ideia.
--NAUM. -- Gabriel gritou e se levantou tentando esconder as pelúcias atrás dele.
A partir daí foi uma confusão. Min e Vee pularam nele pra pegar os brinquedos e ele acabou caindo no chão e ficou com um bico choroso nos lábios, mas logo se recuperou e puxou a girafinha quando viu que Verônica ia pegá-la.
--NAAAAAUUUUM. - Gritou mais uma vez e os dois estavam puxando ela. Ele de uma lado e ela de outro.
Obviamente uma hora aquilo tinha que acontecer. A costura que ligava a cabeça da girafa ao corpo se rompeu, e voou o enchimento dela para todo lado, enquanto Gabriel e Verônica caiam no chão e o pequeno gritava e chorava ao mesmo tempo.
Eu corri pra ajudar ele a levantar, e Minerva fez o mesmo com Verônica. Bem no momento em que percebi a mommy chegar com tia Betty, tia Ari e a Liz, Gabriel empurrou a Verônica e ela bateu a cabeça na cômoda onde ficavam suas roupas.
Verônica começou a chorar muito alto pois agora estava machucada enquanto Bert tentava tranquilizar ela, e Gabriel estava encolhido no canto da parede abraçando os joelhos e chorando muito enquanto escutava a Mommy e a Liz brigando com ele.
Por que eu fui inventar essa brincadeira?
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LittleSpace
FanficCheryl, 26 anos, é uma Mommy por natureza, à procura de sua Little Girl. Toni , tem 20 anos, forçada a amadurecer muito cedo, se encanta por Cheryl, quase que imediatamente. Uma não conhece a história da outra, mas os instintos naturais são mais for...