Bem Vindos à HeadSpace

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POV Toni

Assim que chegamos na HeadSpace, encontramos Verônica e  Betty abraçadas, esperando por nós encostadas no carro. Logo nossa caravana cumprimentou o casal.

-A Minerva tá lá dentro e a Dorcas acabou de entrar. - Betty comenta.

-Então, vamos entrar. - Britta falou alto, mas foi interrompida por Cheryl.

-Gente, vocês precisam saber algumas coisas antes. - Ela retorce os dedos nervosamente. - Aqui é uma balada diferente das que vocês devem estar acostumados...

-Como assim, Cher? - Jason pergunta.

-As pessoas gostam de vir aqui por se sentirem livres pra expressar algumas coisas, fetiches que não são só sexuais. Então, não estranhem se virem pessoas vestidas de criança ou até animais. - Todos olham confusos.

-Cheryl, você acoberta pedófilos? - Penelope fecha a cara, cruzando os braços.

-Que? Não, mãe. Que nojo!

-Cheryl, vamos por trás pro seu escritório, aí você explica pra eles, mostrando pelo vidro. - Verônica sugere.

Em seguida, todos seguimos minha Mommy em direção ao seu escritório.

-Tá bem, hein, maninha? - Jason brinca, vendo o conforto do escritório.

-Gente, primeiro: tudo aqui dentro é legal. Então, nada de pedofilia, drogas. Temos uma regra bem rígida a respeito disso. Vem cá! - Ela chama, indo em direção ao vidro que dava pra pista. - Tem pessoas adultas que gostam de se vestir e serem tratadas como crianças, tem pessoas que gostam de ser tratadas como filhotes de cachorro, etc. Vocês vão ver muitas coisas que não estão acostumados.

-Por isso as pessoas estão de chupeta? - Penelope pergunta e minha Mommy confirma.

-Se liga... - Jason chama a atenção. - Aquele ali tem um focinho!

-Sim, eles se sentem confortáveis aqui, ninguém julga, apenas respeitam. Não quebrem isso, por favor. A maioria deles são bem acessíveis se vocês tiverem alguma dúvida ou curiosidade, mas cuidado pra não constranger eles.

-Pode deixar, filha. Eu cuido desses curiosos aqui! - Meu sogro fala, rindo.

Se eu falar que eu não me sinto absurdamente constrangida, mesmo sem eles saberem de mim, eu vou estar mentindo. Aliás, a palavra não é nem constrangida, mas medo. Medo de eles descobrirem e não me aceitarem.

-Então, a gente pode conversar com eles? Tipo... Eles não vão achar ruim? - Camila pergunta.

-Não geral, eles são bem bacanas, Camila. Só sejam respeitosos e tudo certo.

-Hey, o que é aquela porta ali no canto? - Penelope pergunta, apontando pra porta que dá para o corredor das cabines que Mommy me mostrou da primeira vez que vim aqui. Mommy fica vermelha de vergonha.

-Hm... Naquele corredor tem alguns quartos que as pessoas podem usar pra transar e tem uns que tem parede de vidro, para pessoas que gostam de se exibir e pra quem gosta de ver.

-Amor, a gente vai lá! - Britta exclama.

-Vocês tem alguma dúvida?

-Acho que não, por enquanto.

-Então, se divirtam. - Ela caminha até sua mesa e tira algumas pulseiras. - Façam fila. Essas pulseiras vão permitir que vocês peguem bebidas sem ter que pagar.

-Agora você falou minha língua! - Penelope empurrou todos, sendo a primeira a receber a pulseira em seu pulso.

Nesse momento, a porta se abre, exibindo a Minerva e a Dorcas. Logo todos se abraçam e beijam.

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