Vamos Passear no Shopping

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oioi, essa é a ultima att do ano!!!
ano q vem volto com mais cap dessa fic, e mais adaptações maravilhosas pra vcs.
feliz natal/ano novo <3

boa leitura💖✨

POV Toni

-Mommy? - Ela toma um gole de seu café, virando seu olhar para mim. Eu coloco minha mamadeira na mesa. - Mommy acha que neném develia aceitá trabaiá com a Dorcas? - Ela pousa sua caneca na mesa e coloca sua torrada no prato.

-Acho que seria bom pra você, bebê.

-Mommy num qué ficá cum bebê? - Pergunto chateada.

-Claro que quero, pequena. - Ela se ajeita na cadeira e me chama para sentar no colo dela, eu vou e ela me abraça. - A Mommy ama ficar assim com você, princesa. Mas, você precisa ter contato com outras pessoas, estudar, trabalhar... Fora daqui, você tem que ter uma vida, mas aqui, você sempre vai ser minha bebê. Mas você não pode parar sua vida, você não precisa parar sua vida pra vivermos isso aqui. - Eu aceno, com um bico se formando em meus lábios. - Hey, nunca pense que eu não quero ficar com você! Se eu tô falando isso, é por saber o que é melhor pra minha bebê. E a Dorcas é uma boa pessoa, ela vai cuidar de você quando eu não estiver perto. - Ela me aperta em seus braços. - Agora, termina de comer, a Mommy vai te levar pra comprar brinquedos. - Eu arregalo os olhos de alegria e ela sorri. Ela pega minha mamadeira e me entrega. - Termina sua mamadeira, bebê, pra gente poder ir.

Em poucos minutos, estamos arrumadas para irmos para o shopping e eu pego minha chupeta, pela primeira vez trocando e pegando a preta. Entramos no carro e logo Cheryl dá a partida.

Dessa vez, Cheryl nos leva para outro shopping, dizendo que ali tem uma loja maior para escolher os brinquedos. Logo ela nos leva até a loja daquele shopping imenso que eu nunca tinha nem entrado. Pela total novidade, fico olhando feito boba para todas as lojas com vitrines bem decoradas.

Ela nos guia pelos corredores e, com certeza, se ela me deixasse ali, eu me perderia. Logo chegamos em frente a uma loja que, como Cheryl disse, é imensa. Ela me guia para dentro, me mostrando vários brinquedos e eu escolho um carrinho de controle remoto, um kit de Lego e uma boneca da Anna de Frozen. Cheryl me mostra alguns livros de colorir e eu me apaixono imediatamente, então ela adiciona à nossa compra.

Quando ela decide que já compramos coisas suficientes, vamos até o caixa, onde uma senhora simpática nos atende. Ela pergunta se temos crianças em casa e Cheryl se limita a dizer que sim. Após alguns comentários sobre como crianças dão trabalho e uma desculpa de que o aniversário da nossa filha está chegando, Cheryl faz o pagamento e estende a mão para a senhora.

-Prazer, dona...?

-Kathe, minha filha. E você? - Ela pergunta sorrindo e eu congelo.

-Cheryl, dona Kathe.

-E você? - Ela pergunta para mim e, quando não tenho nenhuma reação. - Sua mulher é tímida, né?

-É, sim, dona Kathe. Ela se chama...

-Sofia. - Interrompo Cheryl que, mesmo sem entender absolutamente nada, apenas concorda e sorri para a mulher. - Me chamo Sofia.

-Eu adoro esse nome. É o nome da minha, ela faz aniversário dia 03 de março, vai fazer 21 anos. E você, tem quantos?

-Tenho 22. Agora, se me dá licença, a gente precisa ir buscar nossa menina. Vamos, amor?

-Claro. Foi um prazer. Até mais. - A moça dá um aceno de despedida e eu arrasto Cheryl para fora.

Saio andando meio sem rumo, já que esse shopping tem mais corredores que um labirinto, até que Cheryl me para e, gentilmente me vira, vendo meus olhos cheios de lágrimas.

-O que foi, pequena? O que tá acontecendo? - E eu me jogo nos seus braços que, prontamente, me recebem.

-Quelo í pa casa, Mommy. - Falo com o rosto afundado em seu pescoço.

-Tudo bem, vamos embora. - Ela passa um braço na minha cintura e logo ela volta a nos guiar pelos corredores, até chegarmos no carro. Ela logo coloca o cinto de segurança e me entrega a chupeta. Logo ela está andando pelas ruas de Miami, até que ela estaciona o carro e, antes que ela possa sair para soltar meu cinto, salto do carro e entro correndo em casa, me escondendo atrás de Floquinho. - Tee-Tee? Bebê? - Ouço a voz preocupada de Cheryl e eu me encolho mais, mas um soluço que sai de mim por causa do choro, me entrega e logo Cheryl aparece com a expressão preocupada e, ao invés de me dar bronca por ter me escondido, ela me puxa pro seu colo e nos joga no sofá, comigo deitada de lado, entre ela e o encosto do sofá.

Ela fica fazendo carícias no meu cabelo e eu me concentro em seu cheiro, deixo que ele penetre meus poros, mas ainda não é suficiente. Eu começo a empurrar sua blusa para cima, a fim de liberar seu mamilo e ela, entendendo o que eu quero, me ajuda a livrar seu corpo daquela peça de roupa e eu o coloco em minha boca, sugando necessitadamente. E agora, sim, com sua carícia, seu cheiro e o peito que ela me cede para que eu possa mamar, eu finalmente começo a me acalmar, o que faz as lágrimas cessarem e pesarem. Ainda mais quando ela começa a cantar alguma música de ninar então, a última coisa que ouço, é sua voz rouca me ninando.

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Acordo com a cabeça pesando uma tonelada, seu mamilo ainda em minha boca e ela ressonando baixinho, indicando seu sono tranquilo. Não querendo ter que enfrentar nada do que aconteceu, apenas fecho meus olhos, me aconchegando em seus braços e sugando seu mamilo delicadamente para não acordá-la. Mas o tiro sai pela culatra e ela acorda.

-Acordou, pequena? - Ela pergunta com a voz sonolenta e eu afundo meu rosto em seu colo. - Bebê, você precisa conversar comigo. Se você não falar, eu não vou conseguir te ajudar. - Com minha relutância, ela, gentilmente, levanta meu rosto. - Me conta, pequena. Deixa eu te ajudar. - Eu me afasto e me sento no sofá e ela me imita.

-Quando eu tava no orfanato... - Começo com a voz um pouco falha. - Eu queria entender o motivo de ter sido deixada pra trás, de ter sido abandonada. Mas os funcionários não podiam me dizer e diziam sempre a mesma coisa: "Logo uma família legal aparece pra você"... Bom, a tal família nunca aparecia. Então eu pedi ajuda pra um amigo, o Travis, distrair todo mundo durante uma apresentação que tava tendo aquele dia pra eu entrar na sala de arquivos. E ele conseguiu, ele levou 2 meses de castigo por causa disso. E eu consegui entrar. - Solto um suspiro pesado, segurando as lágrimas. - Não foi difícil achar o arquivo, já que estavam separados por quarto e em ordem alfabética. Lá tinha tudo: nome dos meus pais biológicos, data de nascimento e, também dizia, que eu nasci com uma irmã gêmea. O nome da minha mãe biológica é Kathe, o do meu pai biológico, é Thomas. E, o motivo de eu ter ficado lá e minha irmã, não é o fato de eu ter nascido com um pênis. Meu aniversário? Dia 3 de março. Quantos anos vou fazer? 21.

-Aquela mu....? - Ela pergunta chocada.

-Ao que tudo indica. - Digo amargurada e, sem dizer nada, ela me puxa para seus braços e eu me desfaço em lágrimas.

-Eu não tinha ideia, minha pequena! - Ela deixa vários beijos pelo meu rosto molhado. - Olha pra mim. - Ela pede e segura meu rosto de frente para ela. - Desculpa não ter aparecido antes, posso não ser a família legal que você esperava, mas vou ser a Mommy que você sempre precisou. - Ela gruda nossos lábios e se afasta, mostrando seus olhos vermelhos e lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

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