- Você está me assustando Noah. - Não queria parecer desesperada, mas eu já havia superado situações avassaladoras o suficiente para ser pisoteada mais uma vez, não me recuperaria.
- Me desculpe, não precisa se assustar. - Apressou-se em dizer para não ser interpretado de maneira errônea. - Estamos aqui para falar de nós.
Filho duma... Foi um susto e tanto.
- Noah! - o chamei a atenção sentindo meus batimentos cardíacos se normalizarem. - Pensei que estava prestes a levar um pé na bunda.
Literalmente, foi o que eu havia pensado em meio a tanto mistério e suspense, não era necessário "tudo isso" para falar de futuro, a não ser que ele estivesse prestes a... Não, claro que não. A vida seria boa demais para isso.
- Pelo contrário. - Afirmou ele com um sorriso largo desenhado em seus lábios.
Procurava algo por debaixo das toalhas brancas no deck de madeira que rodeava toda a hidro, apenas observei imaginando onde aquela conversa nos levaria.
Minutos longos e estressantes depois, ele encontrou, finalmente! Eu já estava para sair da piscina e ir ajuda-lo a procurar.
- Noah...
Tentei dizer algo, mas as palavras me escaparam.
- Me deixe falar, esperei muito por isso. - Noah abriu a pequena caixa vermelha e aveludada revelando um anel, talvez o mais bonito que já vi. - Eu tenho pensado muito nos últimos e em tudo que nos trouxe aqui, desde o momento que te vi pela primeira vez e não, não estou me referindo àquela noite no bar. Dois dias antes eu a vi chegar, estava sentado na varanda quando te vi pela primeira vez, apesar de sorrir empolgada coma mudança, percebi que tinha um olhar distante e foi ali que eu quis te conhecer como se a minha vida dependesse disso. Não armei nada para te encontrar, aquela noite simplesmente aconteceu, então quando a vi entrar, sabia que era algum tipo de sinal, que eu deveria me aproximar e tentar a sorte. E eu fiz, insisti sempre que você me dava um fora, lá no fundo algo me dizia para não a perder de vista porque era você. Tinha que ser. - ele pegou em minhas mãos com o olhar preso ao meu. - Eu sei que não falamos sobre o futuro e nossos planos, - apontou o olhar a minha barriga que carregava o resultado daquela relação repentina. - Mas as coisas simplesmente aconteceram e de qualquer forma, não seremos só você eu, já somos uma família e não vejo porque não oficializar logo esse acaso. Não temos que ser esse acaso indefinido, porque o que eu mais quero nesse mundo, é chama-la de minha esposa. Aceita se casar comigo?
Completamente sem palavras e sentindo meus olhos se encherem de lágrimas, eu tentei dizer que sim, mas não saiu som algum.
Apenas o abracei permitindo as lágrimas se escorrerem pelo meu rosto, olhei em seus olhos brilhantes em espera de uma resposta, da "resposta" e o beijei, aquele momento não poderia ser mais perfeito.
Noah estava certo e não era só porque seriámos uma família em breve, mas porque eu já não conseguia imaginar a minha vida sem tê-lo por perto.
- Então isso foi um sim?
- Sim, é claro que foi um sim.
🌵
- Vocês não querem mesmo uma carona? - Alice questionou pegando suas chaves incorporada na personagem que usava terninho.
- Não, está tudo bem, sua mãe e eu vamos passar no café colonial antes. - Jonas explicou vestindo o casaco, era uma manhã bem fria.
- Por que não vem com a gente? - Eliza propôs.
Apesar de toda resistência e dureza com a filha, era perceptível que ela queria se aproximar, mesmo que fosse do jeito frio dela, jeito esse que Alice detestava.
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Acaso Indefinido
RomanceDeterminada a superar o abandono no altar pela pessoa que Olívia pensou ser o amor de sua vida, ela se muda para Gramado na Serra Gaúcha, onde jura focar somente em sua carreira sem se envolver com alguém, estava traumatizada. Meses antes havia pass...