✦fifty-three

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AS FÉRIAS DA PÁSCOA não foram exatamente relaxantes

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AS FÉRIAS DA PÁSCOA não foram exatamente relaxantes. Nós nunca tinham recebido tantos deveres para casa.

Neville parecia às vésperas de um colapso nervoso, e não era o único.

– Chamam a isso de férias! – bradou Simas Finnigan certa tarde na sala comunal.

– Ainda faltam séculos para os exames, qual é a deles!

Mas ninguém tinha tanto a fazer quanto Hermione e Jojo. Mesmo sem Adivinhação, elas estava estudando mais matérias do que todos os outros. Em geral era a última adeixar a sala comunal à noite, a primeira a chegar na biblioteca na manhã seguinte; tinha olheiras iguais as de Lupin e parecia estar constantemente prestes a cair no choro.

Rony assumira a responsabilidade pelo recurso de Bicuço. Quando não estavacuidando dos próprios deveres, estava examinando volumes grossíssimos com títulos do tipo O manual da psicologia do hipogrifo e Ave ou vilão? Um estudo sobre a brutalidade do hipogrifo. Ficou tão absorto que até se esqueceu de ser antipático com Bicuço.

Enquanto isso, além de estudar para os exames e participar das reuniões do time de quadribol -da qual eu não era obrigada a participar mas participava-, eu estava tentando descobrir se Sirius Black realmente teria traido os Potter, e se não, quem é que traiu. Sem falar dos meus estudos de animagia.

Eu também andava ignorando Draco. Até mesmo Pansy tentou me fazer falar com ele mas eu não aguentava mais decepções. Depois da ocasião que ele caçoou maldosamente de Hagrid, nós conversamos e no dia seguinte ele estava novamente fazendo bullying com os nascidos-trouxas.

Mas nesse meio todo, minha amizade com Pansy tinha crescido. Nós compartilhavamos carinho por Jo e tínhamos nossa rivalidade. Depois que parei de me encontrar com Draco, eu e ela continuamos a nos ver por incrível que pareça.

Entrementes, Harry teve que encaixar os deveres entre os treinos diários de quadribol, para não falar das intermináveis discussões de táticas com Oliver. A partida Grifinória-Sonserina fora marcada para o primeiro sábado depois das férias da Páscoa. Sonserina liderava o campeonato por exatos duzentos pontos.

Isto significava (conforme Oliver não parava de lembrar ao time) que eles precisavam vencer a partida por um número de pontos superior a duzentos para ganhar a Taça. Significava, ainda, que a responsabilidade de vencer cabia em grande parte a Harry, porque capturar o pomo valia cento e cinquenta pontos e também a mim, que deveria montar uma estratégia que driblasse os Sonserinos com Oliver.

– Por isso você deve capturar o pomo somente quando obtivermos uma vantagem de mais de cinquenta pontos – dizia Oliver a Harry constantemente. – Só se tivermos mais de cinquenta pontos, Harry, senão ganhamos a partida mas perdemos a taça.
Você entendeu bem? Você só pode apanhar o pomo se tivermos...

– JÁ SEI, OLIVER! – berrou Harry.

Toda a Grifinória estava obcecada com a próxima partida. A casa não ganhava a Taça de Quadribol desde que Charlie Weasley (a segunda irmã mais velha de Rony) jogara como apanhadora.

Mas eu duvidava se alguém no mundo, mesmo Oliver, queria essa vitória tanto quanto Harry e eu. A inimizade entre Harry e Malfoy atingira o auge. Eu andava brava com ele e os "amigos". Malfoy ainda sofria com o incidente da pelota de lama em um dos nossos "encontros" em Hogsmeade e ficara ainda mais furioso que Harry tivesse conseguido escapar do castigo.

Harry, por sua vez, não se esquecia da tentativa de Malfoy de sabotá-lo durante o jogo contra Corvinal, mas foi o caso de Bicuço que o deixou ainda mais decidido a vencer Malfoy diante da escola inteira.
Nunca, na lembrança de ninguém, uma partida se aproximara com uma atmosfera tão carregada. 

Quando as férias terminaram, a tensão entre os dois times e suascasas estava a ponto de explodir. Pequenas brigas irrompiam nos corredores, que culminaram em um incidente perverso, no qual um quartanista da Grifinória e um sextanista da Sonserina acabaram na ala hospitalar, com alhos-porós brotando dos ouvidos.

Harry, pessoalmente, estava passando um mau pedaço. Não podia ir e vir sem que os alunos da Sonserina esticassem as pernas tentando fazê-lo tropeçar; Crabbe e Goyle não paravam de aparecer onde quer que ele estivesse e se afastar desapontados quando o viam cercado de colegas. Eu azarava cada um que tentava mexer com ele quando estávamos andando juntos. Oliver dera instruções para que Harry estivesse sempre acompanhado em todo lugar, para a eventualidade de algum
aluno da Sonserina querer inutilizá-lo para o jogo. 

Toda a Grifinória assumiu o desafio com entusiasmo, tornando impossível Harry chegar às aulas na hora certa, porque andava rodeado por uma aglomeração de colegas barulhentos. Mas nós nos preocupavámos mais com a segurança da Firebolt do que com a própria.

Todas as atividades normais na sala comunal foram abandonadas na véspera do jogo. Até Hermione pusera os livros de lado.

– Não consigo estudar, não consigo me concentrar – comentou ela, nervosa.

Havia uma grande algazarra. Os gêmeos Weasley enfrentavam a pressão agindo com mais barulho e exuberância que nunca. Oliver estava a um canto debruçado sobre a maquete de um campo de quadribol, empurrando bonequinhos com a varinha
e resmungando. Angelina, Alícia e Katie riam das piadas de Fred e Jorge.
Harry se sentara comigo, Rony e Hermione afastado do centro das atividades, procurando não pensar no dia seguinte, porque toda vez que o fazia, tinham a terrível sensação de que alguma coisa enorme estava tentando voltar do seu estômago.

– Você vai se sair bem – disse Hermione a ele, embora parecesse decididamente aterrorizada. 

– Você tem uma Firebolt! – animou-o Rony.

• • •

Do outro lado do campo, pudemos ver Maggie vestida de verde com uma bandeira da Grifinória na mão acenando para nós, enquanto Vic berrava sem parar algo como "Nós vamos vencer!" levantando uma bandeira da Sonserina e Jojo -devo acrescentar que essa também tinha as bochechas pintadas de verde, provavelmente obra de Pansy- puxava ambas para a arquibancada.

– É... – respondeu Harry, com estômago se revirando, depois de ver Vic em sua personalidade de torcedora obcecada.
Foi um alívio quando Wood se levantou e gritou:
– Time! Vamos!

𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗬𝗼𝘂❟ 𝗗𝗲𝗺𝗼𝗻𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗠𝗲 - Draco Malfoy.Onde histórias criam vida. Descubra agora