ERA UMA SEGUNDA- FEIRA comum. As nuvens cinzas do céu de Londres cobriam o sol que raiava. Meu despertador acordou-me pontualmente às sete horas da manhã. Era mais um dia de aula normal na minha vida normal.
Levantei-me da cama, cansada e esfregando os olhos, e ainda sonolenta, tateei até o banheiro onde abri a torneira para escovar os dentes. Olhei-me no espelho, pensando em como a minha vida era monótona. Era normal até demais, e eu sempre senti no fundo que as coisas não estavam certas. Que aquela não era a vida que eu queria levar. Não era a vida que eu me encaixava.
Meu pai, Matthew Smith, era um homem religioso e bem sucedido. Trabalhava seis dias por semana, doze horas por dia, e era um homem sério; não aguentava papo furado. E como um homem religioso, todos da família tinham de seguir o que ele nos ensinava.
Minha mãe, Anne Smith, uma mulher fina e recatada, era uma exímia dona de casa. Nossa casa estava sempre tinindo de limpa e tudo tinha que estar sempre perfeito. Qualquer coisa que saísse de seu controle na casa, a fazia ficar enfurecida.
Além de meus pais, eu dividia a casa com mais dois irmãos mais novos. Gêmeos, uma menina e um menino, de cinco anos mais novos do que eu, que tinha onze.
Mason, meu irmão, era insuportável. Seguia os passos de meu pai bem de perto, e não muito cedo já era um garoto intolerante. Odiava tudo e todos que não seguiam o que a religião de meu pai impunha, muita das vezes julgando meu modo de pensar. Logo, eu e ele não nos dávamos bem.Minha irmã, Leanne, era o contrário de meu irmão. Quieta, reservada, pensava apenas em si mesma. Odiava ficar perto de nossa família, que vivia brigando. Ela era arrogante e grosseira, e achava que tudo e todos era um saco. Ela não gostava de mim.
E por fim, eu, Amy Lee Smith. Sou totalmente diferente dessa família. Eu me sinto diferente e sei que sou diferente. Mas eu nunca soube explicar o porquê.
A única pessoa que me entendia era minha avó por parte de mãe, Arthemis. Ela e eu tínhamos uma relação de mãe e filha. Já a minha mãe não gostava muito de ficar perto dela, e muito menos que eu ficasse. Sempre nos afastava, eu nunca entendia o porquê. Era como se ela tivesse uma doença terrível e contagiosa, como se fosse me influenciar de forma ruim...Enfim, mais um dia estava para começar.
- Amy! - escutei a voz mandona de minha mãe - Venha tomar seu café. Seu ônibus já vai chegar.
- Já estou descendo!
Atirei-me dentro do uniforme cinza sem graça da minha escola e calçei os sapatos apertados e desconfortáveis. Minha mochila havia sido arrumada na noite anterior, então eu apenas a coloquei nas costas.
Desci as escadas num movimento quase imperceptível, e me sentei a mesa. Meus irmãos ainda estavam levantando da cama, e meu pai lia o seu jornal monótono enquanto abocanhava um pedaço de bolo. Minha mãe servia a mesa, afobada, e em seguida, subiu para ver se meus irmãos já estavam prontos.
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𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗬𝗼𝘂❟ 𝗗𝗲𝗺𝗼𝗻𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗠𝗲 - Draco Malfoy.
Fanfiction- 𝘽𝙖𝙗𝙮❟ 𝙖𝙣𝙜𝙚𝙡𝙨 𝙡𝙞𝙠𝙚 𝙮𝙤𝙪 𝙘𝙖𝙣'𝙩 𝙛𝙡𝙮 𝙙𝙤𝙬𝙣 𝙝𝙚𝙡𝙡 𝙬𝙞𝙩𝙝 𝙢𝙚❟ 𝙤𝙝! ↝𝘋𝘳𝘢𝘤𝘰 𝘔𝘢𝘭𝘧𝘰𝘺 × 𝘧𝘦𝘮!𝘰𝘤. Aquele onde Amy Lee conhece o amor no improvável, ou Onde Draco Malfoy descobre seu porto seguro no...