próximo capítulo será o último do arco de pda e então voltaremos a ter interações entre Amy e Draco.
JÁ EMBAIXO DA CAPA da invisibilidade, eu, Harry, Rony e Hermione fomos em direção à cabana de Hagrid e ao chegar lá, bati na porta. Levou um minuto para nos atender e quando o fez, procurou por todos os lados, pálido e trêmulo.
– Somos nós – falei baixinho.– Estamos usando a Capa da Invisibilidade. Deixe a gente entrar para poder tirar a capa.
– Vocês não deviam ter vindo! – sussurrou Hagrid, mas se afastou para podermos entrar. Depois fechou a porta depressa e arranquei a capa.
Hagrid não estava chorando, nem se atirou ao nosso pescoço. Parecia um homem que não sabia nem o que fazer, estava desnorteado. Seu desamparo era pior do que as lágrimas.
– Querem um chá? – Suas mãos enormes tremiam quando apanhou a chaleira.
– Onde é que está o Bicuço, Hagrid? – perguntou Hermione, hesitando.
– Eu... eu levei ele para fora – respondeu Hagrid, derramando leite pela mesa toda ao tentar encher a jarra. – Está amarrado no canteiro de abóboras. Achei que ele devia ver as árvores e... e respirar ar fresco...
A mão de Hagrid tremeu tanto que a jarra escapuliu e se espatifou no chão.
– Eu faço isso, Hagrid – ofereceu Hermione, correndo para limpar a sujeira.
– Tem outra no armário de louças – falou Hagrid, sentando-se e limpando a testa na manga da blusa.
– Tem alguma coisa que se possa fazer, Hagrid? – perguntou Harry, caridoso.– Dumbledore...
– Ele tentou. Mas não tem poder para revogar uma decisão da Comissão. Ele disse aos juízes que Bicuço era normal, mas a Comissão está com medo... Vocês sabem como é o Lúcio Malfoy... imagino que deve ter ameaçado todos eles... e o carrasco, Macnair, é um velho conhecido dos Malfoy... mas vai ser rápido e limpo...eu vou estar do lado do Bicuço...
Hagrid engoliu em seco.
– Dumbledore vai descer quando... quando estiver na hora. Me escreveu hoje de manhã. Disse que quer ficar... ficar comigo. Grande homem, o Dumbledore...
Hermione, que andara vasculhando o guarda-louça de Hagrid à procura de outra leiteira, deixou escapar um pequeno soluço, rapidamente sufocado. Ela se endireitou com a nova leiteira nas mãos, lutando para conter as lágrimas.
– Nós vamos ficar com você também, Hagrid - eu disse, mas ele logo sacudiu a cabeça cabeluda.
– Vocês têm que voltar para o castelo. Vocês nem deviam estar aqui... Se Fudge e Dumbledore pegarem você fora do castelo sem permissão, Amy, vocês vão se meter numa grande confusão.
Lágrimas silenciosas escorriam pelo rosto de Hermione, que as escondeu de Hagrid, ocupando-se em fazer o chá. Então, quando apanhou a garrafa de leite para encher a leiteira, ela soltou um grito.
– Rony!... Eu não acredito... é o Perebas!
O queixo de Rony caiu.
– Do que é que você está falando?
Hermione levou a leiteira até a mesa e virou-a de boca para baixo. Com um guincho frenético, e muita correria para voltar para dentro da jarra, Perebas, o rato, deslizou para cima da mesa.
– Perebas! – exclamou Rony sem entender. – Perebas, que é que você está fazendo aqui?
Ele agarrou o rato que se debatia e segurou-o próximo à luz. Perebas estava com uma aparência horrível. Mais magro que nunca, perdera grandes tufos de pelos que deixaram pelado seu corpo, o rato se contorcia nas mãos de Rony como se estivesse desesperado para se soltar.
– Tudo bem, Perebas! – tranquilizou-o Rony. – Não tem gatos! Não tem nada aqui para te machucar!
Hagrid se levantou de repente, os olhos fixos na janela.
– Aí vem eles...
Virei-me para a janela depressa. Um grupo de velhos descia os distantes degraus, à entrada do castelo. À frente vinha Dumbledore, ao seu lado, andava a passo rápido, Fudge. Atrás dos dois vinha o membro da Comissão velho e fraco, e o carrasco, Macnair.
– V ocês têm que ir embora – disse Hagrid. Cada centímetro do seu corpo tremia.
– Eles não podem encontrar vocês aqui... Vão agora...
Rony enfiou Perebas no bolso, e eu apanhei a capa.
– Eu vou abrir a porta dos fundos para vocês – disse Hagrid.
Nós acompanhamos Hagrid até a porta dos fundos, onde dava para ver Bicuço a poucos passos de distância, amarrado a uma árvore atrás do canteiro de abóboras.
Teimamos com Hagrid sobre ficar ao lado dele, mas o mesmo não aceitou. Quando joguei a capa sobre nós, pude ouvir as vozes na entrada da cabana.
– Vão depressa – disse Hagrid, rouco. – Não fiquem ouvindo...
E Hagrid tornou a entrar na cabana no momento em que alguém batia à porta.
Lentamente, contornamos a cabana de Hagrid sem fazer barulho. Quando chegaram do outro lado, a porta de entrada se fechou com uma batida seca.
– Por favor, vamos nos apressar – sussurrou Hermione. – Não posso suportar, não posso suportar...
Subimos até o castelo. O sol ia se pondo depressa agora; o céu se tornara cinzento, sem nuvens, e tinto de púrpura, mais para oeste havia uma claridade vermelho-rubi.
Rony parou muito quieto.
– Ah, por favor, Rony – comecei a dizer.
– É o Perebas... ele não quer... parar...
Rony se curvou, tentando segurar Perebas no bolso, mas o rato estava ficando furioso; guinchava feito louco, virava e se debatia, tentando ferrar os dentes nas mãos de Rony.
– Perebas, sou eu, seu idiota, é Rony.
Os garotos ouviram a porta fechar às suas costas e o som de vozes masculinas.
– Ah, Rony, por favor, vamos andando, eles vão executar o Bicuço! – murmurou Hermione.
– OK... Perebas, fique quieto...
– Não consigo segurar ele... Perebas, cala a boca, todo mundo vai nos ouvir...
O rato guinchava alucinado, mas não alto o suficiente para abafar os ruídos que vinham do jardim de Hagrid. Ouviu-se um rumor indistinto de vozes masculinas, um silêncio e então, sem aviso, o som inconfundível de um machado cortando o ar e se abatendo sobre o alvo.
Hermione vacilou.
– Executaram Bicuço! – murmurou ela para Harry. – Eu n... não acredito... eles executaram Bicuço!
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𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗬𝗼𝘂❟ 𝗗𝗲𝗺𝗼𝗻𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗠𝗲 - Draco Malfoy.
Fanfiction- 𝘽𝙖𝙗𝙮❟ 𝙖𝙣𝙜𝙚𝙡𝙨 𝙡𝙞𝙠𝙚 𝙮𝙤𝙪 𝙘𝙖𝙣'𝙩 𝙛𝙡𝙮 𝙙𝙤𝙬𝙣 𝙝𝙚𝙡𝙡 𝙬𝙞𝙩𝙝 𝙢𝙚❟ 𝙤𝙝! ↝𝘋𝘳𝘢𝘤𝘰 𝘔𝘢𝘭𝘧𝘰𝘺 × 𝘧𝘦𝘮!𝘰𝘤. Aquele onde Amy Lee conhece o amor no improvável, ou Onde Draco Malfoy descobre seu porto seguro no...