As paredes daquela casa eram testemunhas silenciosas das inúmeras atrocidades que ocorriam dentro dela. O teto abobadado e as grossas cortinas pretas de veludo pesadas absorviam os gritos das almas torturadas, como se o próprio lugar estivesse sufocado pelo mal que o habitava.Draco Malfoy estava sentado em uma poltrona de veludo escuro, a marca negra reluzindo em seu antebraço, uma lembrança constante de sua lealdade aos Comensais da Morte. Ao seu lado, Amy Lee, com os olhos cansados e vazios, mantinha-se imersa em pensamentos sombrios. Ela, uma vez mestiça, agora fingia ser pura-sangue, graças a um inventado obscuro parentesco com Horácio Slughorn, que a ajudara a ganhar a confiança dos Comensais.
Amy estava se passando por uma sobrinha do Professor Slughorn, Adriana, uma conturbada garota que tinha um passado sombrio de torturar e matar seus próprios pais antes de cometer suicídio. O detalhe crucial era que somente os Slughorn tinham conhecimento desse desfecho trágico da vida de Adriana, e Amy usou isso a seu favor. Os Comensais da Morte acreditavam que a verdadeira Adriana estava desaparecida e nem sequer tinham uma imagem clara de seu rosto em suas mentes, principalmente por que Adriana, em seus picos de loucura, dava sumiços e não falava coisa com coisa. Diziam que sua mente era mais transtornada que a de Bellatrix. Assim, Amy e Draco pediram a Slughorn que realizasse um complexo feitiço de transfiguração em sua própria aparência, contando com a ajuda de Narcisa Malfoy, para que sua farsa se tornasse convincente.
Os dois compartilhavam um cigarro, usando-o como um escape temporário das trevas que os cercavam. O fumo ondulante se misturava com o cheiro de enxofre e desespero que impregnava o ar. Draco tomou uma tragada profunda, a fumaça serpenteando de seus lábios pálidos. Seus olhos cinzentos, outrora cheios de arrogância, agora carregavam o peso da culpa e da desesperança. Ele não era mais o garoto mimado de Hogwarts; ele era um servo fiel de Lord Voldemort.
Amy Lee exalou uma nuvem de fumaça, observando-a se dispersar pelo ar sombrio. Sua mente estava tomada por dúvidas, mas não por arrependimentos. O que ela havia se tornado? Estava aliada à causa e às pessoas que mataram sua família agora, porém, assim como Marlene cometera uma vez loucuras por Dorcas Meawdones, Amy Lee McKinnon cometeria loucuras por Draco Malfoy.
Talvez esse seja o preço que pagara por amar. As noites eram as piores. Quando finalmente conseguiam adormecer, eram assombrados por pesadelos terríveis. Os gritos das vítimas, os rostos torturados, as vozes dos mortos clamando por misericórdia – tudo isso os atormentava sem piedade. Uma lágrima solitária escapou dos olhos de Amy, deslizando por sua pele pálida como a lua. Draco a viu e, com gestos desajeitados, estendeu a mão para secá-la. Ele a puxou para seu colo e seus olhares se encontraram, compartilhando a dor silenciosa que os unia. A guerra estava em seu auge, e eles eram peões nas mãos de forças muito maiores do que eles próprios. No entanto, naquele momento sombrio e desolador, encontraram um pequeno consolo na presença um do outro. E, juntos, enfrentariam o abismo que se estendia diante deles, mesmo que isso significasse perder a última centelha de luz que restava em suas almas obscuras.
Draco amava Amy mais que qualquer coisa no universo. Ela era sua luz na escuridão. E para protege-lá, ele iria até o fim da guerra e do mundo. Mesmo que isso custasse sua vida. O destino cruel que os unira não era algo que pudessem mudar, mas a maneira como enfrentavam esse destino estava em suas mãos, e eles estavam determinados a lutar um pelo outro, não importava quais horrores a guerra trouxesse.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗬𝗼𝘂❟ 𝗗𝗲𝗺𝗼𝗻𝘀 𝗟𝗶𝗸𝗲 𝗠𝗲 - Draco Malfoy.
Fanfiction- 𝘽𝙖𝙗𝙮❟ 𝙖𝙣𝙜𝙚𝙡𝙨 𝙡𝙞𝙠𝙚 𝙮𝙤𝙪 𝙘𝙖𝙣'𝙩 𝙛𝙡𝙮 𝙙𝙤𝙬𝙣 𝙝𝙚𝙡𝙡 𝙬𝙞𝙩𝙝 𝙢𝙚❟ 𝙤𝙝! ↝𝘋𝘳𝘢𝘤𝘰 𝘔𝘢𝘭𝘧𝘰𝘺 × 𝘧𝘦𝘮!𝘰𝘤. Aquele onde Amy Lee conhece o amor no improvável, ou Onde Draco Malfoy descobre seu porto seguro no...